Em resposta à Coreia do Norte, EUA e Coreia do Sul disparam oito mísseis

EUA e Coreia do Sul

A Coreia do Sul, em ação conjunta com os Estados Unidos, lançou oito mísseis balísticos na manhã desta segunda-feira (6), no horário local. Os disparos foram uma resposta a testes de armas por parte da Coreia do Norte no último domingo (5), aumentando a tensão na região. O exercício durou dez minutos e aconteceu no Mar do Japão.

A ação de Coreia do Sul e EUA

O exercício conjunto de Coreia do Sul e Estados Unidos é mais um capítulo da saga de provocações entre os lados. Em maio, a Coreia do Norte disparou três mísseis balísticos ao mar. Um deles supostamente teria alcance intercontinental. Em resposta, sul-coreanos e estadunidenses também lançaram projéteis.

Após viagem do presidente norte-americano Joe Biden ao continente asiático, a Coreia do Norte lançou três outros projéteis no Mar do Japão, de acordo com os sul-coreanos. O presidente Yoon Suk-yeol tomou posse há menos de um mês e prometeu um posicionamento mais firme contra os vizinhos norte-coreanos.

Neste fim de semana, Pyongyang lançou oito mísseis balísticos de curto alcance depois de exercícios conjuntos entre EUA e Coreia do Sul, os quais mobilizaram um porta-aviões. Por isso, estadunidenses e sul-coreanos decidiram revidar com sete mísseis asiáticos e um norte-americano, no Mar do Japão.

De acordo com o Estado-Maior Conjunto sul-coreano, os aliados lançaram mísseis terra-terra do sistema ATACMS contra alvos no Mar do Leste. A ação durou dez minutos. O Comando Indo-Pacífico dos Estados Unidos afirmou que o objetivo era demonstrar a capacidade de “responder rapidamente a momentos de crise”.

Estadunidenses e sul-coreanos possuem o receio de que a Coreia do Norte esteja se preparando para realizar algum tipo de teste nuclear.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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