A mãe queimou as mãos das filhas, de 9 e 7 anos, como forma de castigo por terem comido uma caixa de leite condensado, em Rio Verde, precisou fugir de casa para não ser agredida pela população da região. O caso, que aconteceu no último domingo, 31, não foi bem visto pelos moradores, que chegaram a ir até a casa da mulher para fazer ‘justiça’.
Para a delegada Jaqueline Camargo, responsável pelo caso, a mãe das crianças realmente passou dos limites na hora de corrigir as filhas.
“A mãe exagerou nos meios de correção, mas, em um primeiro momento, as crianças não correm risco. Trata-se de família humilde, com três filhas, e que a mãe está enfrentando muitas dificuldades na educação das crianças. As meninas já foram conduzidas para a delegacia em virtude de furtos praticados em mercados. Elas também já realizaram outros furtos em casa e em casas vizinhas, e a mãe tem tentado conversar com as crianças, educá-las, mas acabou exagerando nos meios de correção”, explicou.
Precisou mudar
A investigadora explicou ainda que a família precisou mudar de casa, mesmo sem ter condições financeiras, a fim de evitar que a mulher fosse agredida. A mãe, inclusive, precisou se esconder para fugir das ameaças. A mãe das crianças, no entanto, ainda pode responder por maus-tratos, podendo ser presa por até um ano.
“Estão todos desesperados, tanto a mãe, quanto as filhas. Elas têm medo dos ataques e das mudanças, sendo que as pessoas não sabem quanto sofrimento esta mãe passou e ainda está passando. A conduta dela foi errada e ela está ciente disso. Essa mãe irá pagar pelo crime, conforme previsto em lei. O inquérito policial será concluído dentro dos próximos dias, e será enviado ao Poder Judiciário para análise do Juiz e do Ministério Público”, explicou.
Crime
A mulher teria esquentado uma colher no fogão e em seguida queimado as filhas, após elas comerem uma caixinha de leite condensado. O crime foi descoberto pelos vizinhos, que ficaram sabendo da agressão depois que as meninas foram pedir pomada por não aguentar a dor das queimaduras.
Ao tomar conhecimento do crime, uma equipe foi à casa das meninas e as encontraram com as mãos cheias de bolhas. Para os conselheiros, a mãe disse que elas encostaram numa panela quente, versão que foi desmentida posteriormente.