Em ritmo de campanha, falas sobre Jesus viram debate entre Bolsonaro e Lula

Qual seria o posicionamento de Cristo acerca do uso de armas? Para Bolsonaro, ele seria a favor, enquanto para Lula, contra. A discussão ganhou espaço na pré-campanha eleitoral nesta semana. Os dois primeiros colocados na intenção de votos para a presidência da República apelaram à religião para conquistar eleitores, especialmente os cristãos. Jesus, inclusive, se tornou um dos assuntos mais comentados pelos internautas no Twitter.

Jair Bolsonaro afirmou que Jesus “não comprou pistola porque não tinha” à época em que viveu e justificou a afirmação com um trecho bíblico do livro de Lucas. “Agora, porém, quem tem bolsa, pegue-a, assim como a mochila de viagem; e quem não tem espada, venda a própria capa e compre uma”, argumentou em defesa do armamento da população para garantir a segurança pessoal e familiar. Além disso, ele declarou que Lula simplifica a prática do aborto à extração dentária.

Em resposta, o petista rebateu a opinião do principal adversário nas urnas associando armas a um sentido negativo. “Não é possível que uma pessoa que pensa algo assim – e fala uma cretinice dessa – diga que é cristão ou crê em Deus. Vocês podem ter certeza que o Deus de uma pessoa dessa não é o teu Deus e não é o meu. Meu Deus significa amor, humanismo, bondade, carinho e respeito pelos outros seres humanos”, disse Lula.

O ex-presidente aproveitou um encontro com apoiadores em Minas Gerais para prometer que, se eleito novamente, combaterá a garimpagem em terras indígenas. A proteção aos povos originários e aos direitos deles é o que teria motivado o assassinato do servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai) Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips há pouco mais de 10 dias no Amazonas.

O caso se tornou uma questão de direitos humanos e também diplomática, devido à acusação de que o governo brasileiro demorou a procurar pelos desaparecidos.

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Operação desmantela esquema de fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil; grupo aliciava funcionários e terceirizados

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) lançaram uma operação para desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes que somaram mais de R$ 40 milhões contra clientes do Banco do Brasil. A ação, realizada na manhã desta quinta-feira, 21, incluiu a execução de 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados, entre eles funcionários e terceirizados do banco.
 
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), revelaram que os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos, como modens e roteadores, para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes. Esses dispositivos permitiam que os criminosos manipulassem informações, realizassem transações bancárias fraudulentas, cadastrassem equipamentos, alterassem dados cadastrais e modificassem dados biométricos.
 
A quadrilha atuava de forma organizada, com divisão de tarefas específicas. Havia aliciadores que recrutavam colaboradores do banco e terceirizados para obter senhas funcionais; aliciados que forneciam suas credenciais mediante pagamento; instaladores que conectavam os dispositivos aos sistemas do banco; operadores financeiros que movimentavam os valores desviados; e líderes que organizavam e coordenavam todas as etapas do esquema.
 
As denúncias começaram a chegar à polícia em dezembro de 2023, e as investigações apontaram que o grupo criminoso atuava em várias agências do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, incluindo unidades no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel, Centro do Rio, Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
 
O Banco do Brasil informou que as investigações começaram a partir de uma apuração interna que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. A instituição está colaborando com a investigação, fornecendo informações e subsídios necessários.
 
A operação contou com a participação de cerca de 25 equipes policiais e tem como objetivo apreender dispositivos eletrônicos ilegais, coletar provas e identificar outros integrantes do esquema criminoso. Além disso, as autoridades estão em busca do núcleo superior do grupo criminoso e dos beneficiários dos recursos desviados.

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