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Em ritmo de campanha, falas sobre Jesus viram debate entre Bolsonaro e Lula

Última atualização 16/06/2022 | 09:59

Qual seria o posicionamento de Cristo acerca do uso de armas? Para Bolsonaro, ele seria a favor, enquanto para Lula, contra. A discussão ganhou espaço na pré-campanha eleitoral nesta semana. Os dois primeiros colocados na intenção de votos para a presidência da República apelaram à religião para conquistar eleitores, especialmente os cristãos. Jesus, inclusive, se tornou um dos assuntos mais comentados pelos internautas no Twitter.

Jair Bolsonaro afirmou que Jesus “não comprou pistola porque não tinha” à época em que viveu e justificou a afirmação com um trecho bíblico do livro de Lucas. “Agora, porém, quem tem bolsa, pegue-a, assim como a mochila de viagem; e quem não tem espada, venda a própria capa e compre uma”, argumentou em defesa do armamento da população para garantir a segurança pessoal e familiar. Além disso, ele declarou que Lula simplifica a prática do aborto à extração dentária.

Em resposta, o petista rebateu a opinião do principal adversário nas urnas associando armas a um sentido negativo. “Não é possível que uma pessoa que pensa algo assim – e fala uma cretinice dessa – diga que é cristão ou crê em Deus. Vocês podem ter certeza que o Deus de uma pessoa dessa não é o teu Deus e não é o meu. Meu Deus significa amor, humanismo, bondade, carinho e respeito pelos outros seres humanos”, disse Lula.

O ex-presidente aproveitou um encontro com apoiadores em Minas Gerais para prometer que, se eleito novamente, combaterá a garimpagem em terras indígenas. A proteção aos povos originários e aos direitos deles é o que teria motivado o assassinato do servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai) Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips há pouco mais de 10 dias no Amazonas.

O caso se tornou uma questão de direitos humanos e também diplomática, devido à acusação de que o governo brasileiro demorou a procurar pelos desaparecidos.