Em visita a Goiás, embaixadora da Dinamarca elogia trabalho do Hecad

Em visita a Goiás, embaixadora da Dinamarca elogia trabalho do Hecad

A Embaixada da Dinamarca no Brasil atestou a qualidade do atendimento oferecido pelo Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) e manifestou interesse em replicar, com o Governo de Goiás, acordos de cooperação técnica que mantém com o Ministério da Saúde desde 2016. As informações foram repassadas pela embaixadora Eve Pedersen ao governador em exercício Daniel Vilela, durante almoço realizado nesta quinta-feira (09/11) no Palácio das Esmeraldas.

“Estamos impressionados e comovidos com o trabalho feito por vocês, principalmente na área pediátrica. O Hecad é um hospital de ponta, de primeira linha. E o que mais me chamou a atenção foi a atuação humanizada e carinhosa dos profissionais, além do eficiente uso da tecnologia”, disse a embaixadora. “Queremos criar pautas e agendas em comum com o governo do Estado na área da saúde”, acrescentou Eve Pedersen, acompanhada pela conselheira para o setor de saúde, Tina Gottlieb.

O governador em exercício respondeu positivamente à possibilidade de parcerias com a Dinamarca, a serem intermediadas pela embaixada sediada em Brasília (DF). Afirmou ser de grande valia a troca de conhecimento, de experiências e, sobretudo, o acesso às novas tecnologias. E destacou que todos os demais hospitais sob responsabilidade do governo estadual têm o mesmo padrão de qualidade verificado pela diplomata e demais assessores no Hecad. “Algo do qual o governador Ronaldo Caiado não abre mão”, enfatizou Daniel Vilela.

Regionalização

O governador em exercício também explicou à embaixadora o processo de regionalização da saúde em Goiás, posto em prática pelo governador Ronaldo Caiado. “Pacientes do interior passaram a encontrar atendimento em suas cidades ou em municípios próximos, sem necessidade de se deslocarem para a capital”, detalhou. “Tivemos avanços também com a instalação das policlínicas, com oferta de serviços especializados, mas queremos investir ainda mais em tecnologia, telemedicina e na ampliação do raio de atendimento”, acrescentou.

A vinda do grupo dinamarquês a Goiânia foi articulada pelo deputado federal Zacharias Calil, titular da Comissão de Saúde da Câmara Federal. Em março último ele esteve na Dinamarca para conferir projetos que pudessem ser adaptados por aqui. “Temos muito o que aprender com o país que foi o precursor no uso da insulina e de medicamentos para tratar a diabetes tipo 2”, ilustrou o parlamentar.

Após o encontro no Palácio das Esmeraldas, a embaixadora seguiu para a Clínica Teia, especializada no atendimento a crianças e adolescentes diagnosticadas com autismo.

O Hecad

Entregue à população pelo governador Ronaldo Caiado em fevereiro de 2022, o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente, em Goiânia, tem capacidade de 116 leitos de enfermaria e 30 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs), além de pronto-socorro pediátrico 24 horas e ambulatório de 20 especialidades médicas pediátricas. O Hecad possui brinquedoteca, fraldário, capela ecumênica, salas de acolhimento familiar e ambientação personalizada para deixar a criança mais confortável durante todas as etapas do tratamento.

Também participaram do almoço o assessor especial da Governadoria, Euler Morais; os deputados federais Geraldo Resende (MS) e Marussa Boldrin; e os ex-deputados federais Vilmar Rocha e Pedro Chaves, atual chefe de gabinete do governador em exercício, além de médicos e assessores.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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