Empresa terá que pagar indenização a trabalhador rural por falta de refeitório

A Justiça do Trabalho em Goiás determinou o pagamento de uma indenização para um canavieiro de Formosa, Goiás, na região do Entorno do Distrito Federal, que não tinha refeitório adequado para fazer suas refeições.

A falta de espaços adequados para refeições nas frentes de trabalho rural levou a Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho de Goiás (TRT 18ª região) a reformar parte de uma sentença proferida anteriormente pela Vara do Trabalho de Formosa. Decisão que assegurou o pagamento de uma reparação por danos morais no valor de R$2 mil.

O trabalhador, que teve seu pedido inicial negado, recorreu ao tribunal apresentando evidências fotográficas e depoimentos testemunhais para evidenciar a má qualidade da alimentação. Também denunciou as condições precárias dos alojamentos, a insuficiência das áreas de vivência e dos banheiros instalados nas frentes de serviço e o transporte dos empregados junto com objetos perigosos.

Norma

A decisão baseou-se na constatação de que a empresa não oferecia condições mínimas, violando a Norma Regulamentadora 31. O dispositivo prevê a oferta de locais adequados para as refeições dos empregados rurais.

O relator, desembargador Platon Azevedo Filho, destacou a falta de locais adequados para refeições, baseando-se na NR 31, e concedeu a reparação por danos morais. “O trabalhador faz jus à compensação pecuniária postulada sob esse fundamento”, alegou.

O juiz convocado César Silveira discordou, alegando falta de comprovação de más condições de trabalho. A decisão ressalta a importância de garantir ambientes dignos para os trabalhadores rurais.

 

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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