Press "Enter" to skip to content

Empresários goianos são indiciados por extração ilegal de ouro

Última atualização 25/03/2022 | 10:39

Grandes empresários goianos foram indiciados por extração de ouro sem autorização legal. A carga de mais de 110 quilos da pedra preciosa foi apreendida em uma aeronave no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, em 2019. Na época, um funcionário de empresa ligada à extração de minério foi preso em flagrante. A Polícia Federal (PF) concluiu as investigações nesta sexta-feira (25). Ao todo, 15 pessoas foram indiciadas.

Aeronave onde o ouro foi encontrado. / Foto divulgação PF

Investigações

De acordo com a PF, a carga apreendida em 2019 seria enviada para a Itália. Além disso, os investigadores descobriram que o grupo criminoso extraiu, explorou, transportou e comercializou mais de 1,5 toneladas de ouro ilegal extraídos de garimpos ilegais do Mato Grosso, o que equivale atualmente a mais de 457 milhões de reais. O ouro era transportado em aeronaves com notas fiscais falsas.

Banco da aeronave, onde o ouro ficava escondido. / Foto: divulgação PF

Durante as apurações, a polícia cumpriu mais de 24 mandados de busca e apreensão nos Estados de Goiás, Mato Grosso e São Paulo, além do sequestro de duas aeronaves do grupo investigado. Em seguida, os agentes descobriram que os grandes empresários se desfizeram de imóveis de alto valor em Goiânia, na tentativa de despistar os policiais.

No entanto, ao longo dos 2 anos de investigação, foram identificados todos os envolvidos integrantes da organização criminosa. Desde os garimpeiros que retiraram o ouro ilegal, os intermediários que fizeram a pesagem e o beneficiamento do minério e os grandes empresários que adquiriam o ouro e o transportavam em aeronave, além das pessoas que financiavam o grupo para a manutenção dos crimes.

‘Capangas’ onde o ouro era guardado. / Foto divulgação PF

Ao todo, 15 pessoas foram indiciadas pelos crimes de organização criminosa, usurpação de bem da União, extração de ouro sem autorização legal, receptação qualificada, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Os nomes dos envolvidos ainda não foram informados pela Polícia Federal.