A Câmara Municipal de Goiânia aprovou, na Sessão Ordinária da última quinta-feira, 22, um projeto de lei (PL 380/2022) para reconhecer o espetinho como Patrimônio Cultural Imaterial de Goiânia. Autor da proposta, o vereador Sandes Júnior (PP) afirmou que “receitas regionais são conhecidas e valorizadas por compor hábitos alimentares nativos, sendo elaboradas com ingredientes disponíveis na região e preparadas com técnicas transmitidas de geração em geração”.
O texto foi aprovado em segunda votação e a matéria agora segue para sanção ou veto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos). Segundo o parlamentar, o registro de identidades gastronômicas torna bens de natureza imaterial acessíveis a futuras gerações. “É importante transmitir o legado que contempla interação entre cultura e alimentação, relacionando história com imigração e com adaptações em hábitos alimentares do povo brasileiro”, afirmou.
De acordo com Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), patrimônio cultural é tudo o que faz parte da construção histórica e cultural do ser humano em um determinado espaço físico, entendendo-se cultura como complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade.
O espetinho varia e se adapta conforme a região do estado, mas a base é a combinação de espetinho, arroz, feijão tropeiro, mandioca e vinagrete. Apesar de haver poucos registros históricos acerca da origem do prato, sabe-se que foi em Goiás que ela se popularizou.