Estado deve realizar limpeza de fossas em presídio de Rialma

Estado deve realizar limpeza de fossas em presídio de Rialma

Ação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), por intermédio da Promotoria de Justiça de Rialma, determinou ao Estado o fornecimento do serviço de limpeza de fossa na unidade prisional da cidade. O serviço deverá ser prestado no montante de 43 viagens de caminhão por mês, até a implementação do sistema de coleta e tratamento de esgoto no município. Foi estipulada multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento.

De acordo com o promotor de Justiça Wessel Teles de Oliveira, foi instaurado procedimento administrativo para acompanhar as políticas públicas implementadas que buscassem resolver a questão de transbordamento das oito fossas negras que circundam o edifício da unidade prisional de Rialma. Segundo ele, os vizinhos do prédio relataram que o transbordamento das fossas negras ocorria diariamente, com o excesso dos dejetos aflorando do solo e se espalhando pela via pública.

Segundo Wessel, o diretor da unidade prisional informou que haveria um procedimento licitatório para contratação de caminhões limpa-fossas e que a prefeitura de Rialma custeava de modo temporário esse serviço. O município, posteriormente, esclareceu que havia a previsão de interrupção da limpeza das fossas a partir de julho deste ano.

Segundo o promotor de Justiça, a unidade prisional precisa de 43 serviços de limpa-fossa ao mês, utilizando caminhões com capacidade de 10 mil litros para a limpeza das oito fossas negras.

O juiz Leonisson Antônio Estrela Silva evidenciou a “violação do ordenamento jurídico e a inexistência de condições mínimas para o funcionamento da cadeia pública local sem a prestação do serviço de limpeza das fossas negras”. O magistrado ressaltou que a supremacia dos postulados da dignidade da pessoa humana e do mínimo existencial legitima a imposição, ao Poder Executivo, de medidas em estabelecimentos prisionais destinadas a assegurar aos detentos o respeito à sua integridade física e moral.

Na liminar, o juiz afirma também que ficou claro nos autos o iminente risco gerado à vida e à saúde dos presos e da vizinhança da unidade prisional, considerando a possibilidade do transbordamento de dejetos, que acarreta mau cheiro, risco de contaminação do meio ambiente e proliferação de doenças. Foi estipulado prazo de 30 dias para que o Estado dê início aos serviços de limpa-fossa.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos