O Congresso dos EUA está se preparando para votar um projeto que visa financiar o governo, evitando assim uma possível paralisação. Até o momento, aproximadamente 100 mil dos 2,3 milhões de funcionários civis do DE foram demitidos ou aceitaram um acordo de rescisão. Parlamentares republicanos buscarão aprovar a legislação, enquanto os democratas, preocupados com os esforços de redução do Estado liderados pelo presidente Donald Trump, planejam se opor a ela.
A votação na Câmara dos Deputados pode ser acirrada, uma vez que os republicanos possuem uma pequena margem de maioria. O presidente Trump tem pressionado os membros do partido para permanecerem unidos, com alguns parlamentares que costumam votar contra projetos de financiamento manifestando apoio a esse. No entanto, ao menos um deputado republicano, Thomas Massie, já declarou que votará contra a legislação.
Se aprovado na Câmara, o projeto precisará passar pelo Senado para garantir que as agências governamentais continuem operando após a meia-noite de sexta-feira, quando o financiamento atual expirará. Os senadores republicanos terão que garantir que, pelo menos, sete democratas votem favoravelmente para evitar a interrupção do financiamento e a paralisação de diversas atividades governamentais.
É importante ressaltar que muitos funcionários federais dos DE estão sob grande estresse devido aos esforços de redução do Estado promovidos por Trump, que incluem cortes de gastos e demissões. O governo do presidente também planeja uma segunda rodada de demissões para esta semana, o que tem gerado preocupação entre os democratas, que alegam que tais ações minam a autoridade do Congresso em assuntos orçamentários.
Os democratas devem se posicionar contrariamente ao projeto de lei de gastos, argumentando que votar em uma legislação potencialmente ignorada pelo governo não faz sentido. O projeto estenderia o financiamento até o final do ano fiscal em setembro, mantendo os níveis atuais. Caso a legislação não seja aprovada, diversas áreas governamentais, como supervisão financeira e pesquisa científica, além de centenas de milhares de funcionários, poderão ser impactadas.
Com a votação iminente e as tensões políticas em jogo, o desfecho da situação determinará a continuidade das operações governamentais nos Estados Unidos. A pressão sobre os congressistas, as disputas partidárias e a realidade dos funcionários públicos são aspectos cruciais nesse processo de financiamento do governo que está prestes a ser decidido.