Ex-delegado Maurício Demétrio é indiciado por lavagem de dinheiro e usa nome de outro policial para comprar notebook de R$19,3 mil

ex-delegado-mauricio-demetrio-e-indiciado-por-lavagem-de-dinheiro-e-usa-nome-de-outro-policial-para-comprar-notebook-de-r24192C3-mil

O ex-delegado Maurício Demétrio enfrenta mais uma acusação grave, agora sendo indiciado por lavagem de dinheiro pela Corregedoria da Polícia Civil. Preso desde 2021 e já condenado a 10 anos de prisão, Demétrio teria utilizado o nome de outro policial, sem seu consentimento, para adquirir um notebook no valor de R$ 19,3 mil, conforme apontou a investigação.

O relatório final do inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, reunindo provas que demonstram a compra do computador de alto valor encontrado em sua residência. Segundo a polícia, Maurício teria registrado a compra em nome de um servidor da Polícia Civil sem sua autorização, numa tentativa de ocultar a origem dos recursos utilizados.

Durante as investigações, foi constatado que Demétrio solicitou, de maneira sigilosa, os dados do policial por meio do sistema interno da corporação a um membro de sua equipe. Essas informações foram subsequentemente empregadas na emissão da nota fiscal na loja onde o equipamento foi adquirido.

O equipamento foi apreendido durante buscas em outras investigações realizadas na casa do ex-delegado. A vítima, cujo nome foi utilizado sem conhecimento, afirmou não ter participado da compra nem fornecido dados pessoais, ressaltando não possuir qualquer ligação com Demétrio.

Inicialmente, o ex-delegado alegou que a compra seria um presente para o policial e afirmou não se recordar se a quantia de R$ 19.350,00 foi paga em dinheiro ou no crédito. Posteriormente, admitiu que se arrependeu da aquisição ao perceber que sua esposa desconfiou de ser um presente para outra mulher.

A loja onde o computador foi adquirido confirmou que o pagamento foi feito à vista e o produto retirado presencialmente no estabelecimento. Demétrio Afonso foi demitido pela Polícia Civil do Rio em dezembro de 2024, após conclusão do Procedimento Administrativo Disciplinar conduzido pela Corregedoria.

O ex-delegado está detido desde junho de 2021, acusado de liderar a cobrança de propina de comerciantes da Rua Teresa, em Petrópolis. Além disso, já cumpre pena de mais de 9 anos pelo crime de obstrução de justiça. Durante a prisão, foi encontrada a quantia de R$ 300 mil em sua residência, evidenciando a gravidade dos ilícitos cometidos por Demétrio.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp