Um ex-deputado federal foi condenado à cinco anos e um mês de prisão por seu envolvimento em um grave acidente de trânsito. O incidente, ocorrido em Santa Catarina, deixou um motorista em estado grave, lutando por sua vida. Caso ocorreu em 2017 e deixou a vítima em estado grave, precisando passar por 15 cirurgias.
No julgamento, Tribunal de Justiça de Santa Catarina condenou o suspeito a quatro anos e oito meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, por tentativa de homicídio e tentativa de homicídio qualificado por perigo comum; e outros seis meses de detenção, em regime semiaberto, por embriaguez ao volante. Além disso, o ex-político também perdeu o direito de dirigir por dois meses e terá que pagar R$ 1,7 milhão as vítimas por reparação de dano.
Acidente
A fatalidade ocorreu quando os veículos conduzidos pelo ex-deputado e pela vítima colidiram na SC-41, em Blumenau, após o ex-deputado conduzir o veículo dele em zigue-zague e em alta velocidade até invadir a contramão, atingindo o carro das vítimas.
Com a colisão, o carro onde uma das vítimas estava capotou e pegou fogo. O motorista ficou presos às ferragens e foi salvo com ferimentos graves, além de queimaduras de 1º e 3º graus na barriga, mãos e pernas.
O então deputado, aparentemente sem ferimentos graves, foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos. Iniciou-se, então, uma rigorosa investigação para determinar as causas do acidente e apurar a responsabilidade do ex-parlamentar.
As autoridades coletaram evidências no local, incluindo imagens de câmeras de segurança e vestígios deixados pelos veículos. Peritos analisaram as condições dos automóveis e realizaram exames para determinar a velocidade e a dinâmica do impacto.
Após meses de investigação, o Ministério Público ofereceu denúncia contra o ex-deputado, acusando-o por duas tentativas de homicídio e embriaguez ao volante. O processo judicial teve início, com a apresentação de provas, depoimentos de testemunhas e a argumentação da defesa e da acusação.
Preso em 2019
João Pizzolatti chegou a ser preso em flagrante em 2019 após ser flagrado descumprindo uma medida cautelar. O ex-deputado federal foi pego dirigindo, mesmo com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa.
Ele foi solto cinco meses depois, após uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que pediu a liberação com cumprimento de medidas cautelares, como apresentação à Justiça a cada dois anos e internação em clínica de tratamento psiquiátrico e alcoólico.