Última atualização 21/06/2022 | 15:44
O empresário e dono da Rede de Supermercados Tatico, José Fuscaldi Cesilio, mais conhecido como José Tatico, de 81 anos, foi preso nesta terça-feira, 21, suspeito de participar de uma quadrilha especializada na falsificação e no uso de documentos falsos para simular a propriedade de fazendas milionárias em Goiás. Apenas um destes terrenos foi avaliado em cerca de R$ 15 milhões.
O filho do empresário, Alessandro José Cesilio, também foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal, que cumpriu sete mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão, em regiões como Padre Bernardo, Mimoso, Águas Lindas e Goiânia, além de Lago Sul, Vicente Pires, Águas Claras, Setor de Indústrias Gráficas (SIG), Guará e Gama.
Tatico, que exerceu a função de deputado federal entre 2003 e 2011, acabou preso por policiais da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf) quando estava em sua fazenda, em Padre Bernardo, no Entorno do DF. Já Alessandro foi preso em Goiânia.
Fazendas
Segundo as investigações, um tabelião de cartório de notas e registro civil de Limeira (MG) falsificou documentos e invadiu uma grande área pública que teria sido dada como garantia de um empréstimo. O grupo de criminosos se aproveitou do fato dos verdadeiros proprietários serem idosos e com a saúde comprometida. Os envolvidos no crime responderão pelos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documentos, uso de documentos falsos, esbulho possessório e associação criminosa.
Em nota divulgada a imprensa, a defesa do empresário e do filho afirma que as medidas adotadas pelo Magistrado da 3ª Vara Criminal de Taguatinga são totalmente ilegais, sem prova da materialidade ou quaisquer indícios suficientes da autoria.
“Não há, vale dizer, Iastro probatório que se ajuste às hipóteses da fraude atribuída aos srs. José Fuscaldi e Alessandro José Cesilio. Ao contrário, são vítimas dos fraudadores, inclusive, promoveram medidas judiciais cíveis para reparar os prejuízos que sofrem na compra do imóvel rural em questão”, afirmou a defesa.