A Justiça Federal decidiu condenar o ex-prefeito de uma cidade baiana e mais dois réus por fraudes em licitações. A denúncia apontou que o trio fraudou procedimentos de contratação pública em Cansanção. O ex-prefeito, identificado como Ranulfo da Silva Gomes, foi condenado a 22 anos e 6 meses de reclusão, além do pagamento de 529 dias-multa. Além dele, José Orlando Pinheiro Junior e Milton Neves de Oliveira também receberam suas respectivas penas.
As investigações revelaram que a empresa M. Neves, pertencente a Milton Neves de Oliveira, recebeu mais de R$ 6,3 milhões durante a gestão de Gomes. Parte desses valores foi repassada diretamente ao ex-prefeito. Documentos apreendidos indicaram que a contabilidade da empresa era mantida no escritório pessoal de Gomes e que cheques da empresa eram controlados por sua secretária particular. Um quarto réu, Sidiney Cardozo Farias, foi absolvido por falta de provas.
Ranulfo da Silva Gomes já havia sido condenado em quatro ações penais antes desta sentença, totalizando 73 anos, 10 meses e 3 dias de reclusão, além de multas e a obrigação de devolver valores desviados. Todas as condenações estão relacionadas a crimes de fraude em licitação, corrupção e desvio de recursos públicos no contexto da Operação “Making Of”.
Além disso, o ex-prefeito foi sentenciado a 9 anos, 10 meses e 3 dias de reclusão por lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos e a 2 anos de reclusão por corrupção passiva e fraudes em contratos com uma construtora. Há também uma condenação de 18 anos e 4 meses de reclusão por fraudes em licitações e desvio de recursos públicos, e outra de 21 anos e 2 meses de reclusão por fraudes e superfaturamentos em contratos de transporte escolar.
O desvio de verbas públicas é um crime sério que afeta diretamente a população e a credibilidade das instituições. No caso do ex-prefeito de Cansanção, as investigações resultaram em penas significativas e na obrigação de ressarcir o erário. Este tipo de punição serve como alerta para quem tenta burlar a lei e reforça a importância da transparência e integridade na gestão pública. A Justiça Federal segue atuando para coibir práticas corruptas e garantir a aplicação da lei em casos de desvio de recursos públicos.