Fair Play Financeiro: Cuiabá destaca-se como um dos poucos clubes em dia com as novas regras da CBF

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Fair Play Financeiro: Cuiabá seria um dos únicos clubes em dia com novas regras

Segundo levantamento do jornal O Estadão de São Paulo, time mato-grossense, ao lado de outras seis equipes, seria um dos poucos aprovados caso o modelo fosse adotado atualmente. O avanço das regras de controle financeiro no futebol brasileiro trouxe um retrato incomum entre os clubes que disputaram a Série A em 2024. De acordo com levantamento publicado pelo jornal O Estadão de São Paulo, sete equipes cumpririam integralmente os critérios do Sistema de Sustentabilidade Financeira (SSF), mecanismo criado pela CBF para estabelecer um modelo nacional de fair play. Entre elas está o Cuiabá, que, mesmo rebaixado à Série B, aparece respaldado por uma gestão considerada equilibrada.

Os parâmetros do SSF avaliam pontos como o limite de gastos com o futebol profissional, o controle das dívidas de curto prazo e a exigência de resultado financeiro sem déficits. A maior parte dos clubes da elite descumpriria ao menos um desses pilares. Além do Cuiabá, estariam aprovados Palmeiras, Flamengo, Athletico-PR, Atlético-GO, Juventude e Criciúma, conforme dados analisados pelo Estadão. No caso do Cuiabá, o desempenho reforça o modelo administrativo construído nos últimos anos: orçamento conservador, despesas compatíveis com a realidade de receitas e baixa exposição a endividamentos. Apesar da queda para a Série B, o clube conseguiu atravessar a temporada mantendo o caixa sob controle e honrando compromissos exigidos pelo sistema.

A análise mostra como a distância entre quem planeja e quem insiste em práticas antigas é grande. Palmeiras e Flamengo têm força econômica, o Athletico é muito consistente, mas o Cuiabá prova que é possível manter solidez mesmo sem grandes receitas, diz o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch. Apesar do reconhecimento, o dirigente cobra que o modelo seja aplicado com rigor para que não se torne apenas um documento sem consequências práticas. O ponto é saber se haverá fiscalização real para os clubes que não cumprem as regras. Sem isso, todo o esforço vira teoria. Não adianta falar em fair play se não houver coragem para aplicar, completa.

Com o resultado, o Cuiabá se coloca como uma das exceções positivas em um cenário em que muitos clubes ainda tentam equilibrar as contas e se ajustar às novas regras do futebol nacional.

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