Família de brasileiro desaparecido em Israel diz não ter “qualquer notícia”

Nesta terça-feira, 31, se completam 25 dias desde o desaparecimento do brasileiro Michel Nisenbaum, de 59 anos. Segundo os familiares, o último contato do homem foi no dia 07 de outubro, quando o Hamas atacou Israel. O brasileiro estava na cidade de Sderot, perto da Faixa de Gaza.

A filha do brasileiro, Hen Maluf, fez um apelo pelas redes sociais no domingo, 29, em busca de ajuda. “Não temos qualquer notícia! Pedimos ajuda. O meu pai deixou sua casa em Sderot naquele sábado às 6h57. Às 7h06 ele não atendia mais o celular. Continuamos ligando sem parar até que às 7h23 os terroristas me responderam”, disse.

Além disso, o carro do brasileiro também está desaparecido, conforme informado pela filha. O veículo teria sido visto pela última vez na rodovia 323 e a família busca por imagens da rua.

O desaparecimento foi reportado ao Itamaraty pela Interpol no dia 22 de outubro. Michel é o único brasileiro tratado como desaparecido pelo governo.

Confirmação do desaparecimento

Ministério das Relações Exteriores/Itamaraty confirmou no dia 23, o desaparecimento do brasileiro Michel Nisenbaum, de 59 anos, em Israel.

Até o momento, não há informações detalhadas sobre a data do último contato de Michel Nisenbaum nem o local exato onde ele se encontrava em Israel durante o ataque realizado pelo grupo terrorista Hamas em 7 de outubro. De acordo com o Itamaraty, Nisenbaum possui dupla cidadania e é o único brasileiro considerado desaparecido no momento.

Até agora, três brasileiros já tiveram suas mortes confirmadas como resultado do ataque do Hamas: Ranani Glazer, Bruna Valeanu e Karla Stelzer. Além disso, três israelenses com ascendência brasileira também perderam a vida: Gabriel Yishay Barel, Celeste Fishbein e um terceiro indivíduo não identificado.

No dia 23, o oitavo voo de repatriação de brasileiros que estavam em Israel aterrissou no Rio de Janeiro, com 209 passageiros e nove animais de estimação. Até o momento, a “Operação Voltando em Paz” já conseguiu repatriar 1.410 brasileiros e 53 pets que estavam em Israel desde 10 de outubro, juntamente com três cidadãs bolivianas.

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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