A tragédia do ataque em uma creche de Blumenau, em Santa Catarina, deixou as famílias das crianças desesperadas. Até o momento, as informações apontam a morte de quatro estudantes entre 5 e 7 anos de idade e cinco feridos. Os corpos das vítimas fatais já foram liberados para sepultamento. Instituições municipais e estaduais estão discutindo como evitar esse tipo de crime. É o segundo no País em pouco mais de uma semana.
“Na hora eu, desesperada, me joguei no chão, comecei a chorar e pedi ‘pelo amor de Deus, me leva para lá’. Abri o meu celular e vi que tinha mensagem da diretora falando do ataque” disse uma das mães que perdeu o filho no massacre ao G1 Santa Catarina.
A crianças de 5 a 10 anos foram encaminhadas a dois hospitais da região. Os dois meninos e três meninas tinham cortes pelo corpo – em uma delas, o ombro foi machucado. Quatro deles foram encaminhados ao centro cirúrgico e estão em recuperação. O próprio autor, de 25 anos, procurou uma delegacia para confessar o crime e foi preso.
Ele afirmou aos policiais que foi de moto até o local, pulou o muro da creche e usou uma machadinha para atingir a cabeça de três meninos e uma menina. Os menores estavam na área externa do prédio da creche particular. O homem justificou que cometeu o ato para cumprir um desafio de jogo virtual.
Uma professora disse que tentou proteger algumas criança. Ela acreditava se tratar de um assalta e tomou conhecimento do assassinato apenas mais tarde. A profissional revela que o suspeito não estava armado somente com uma machadinha.
“Minha parceira de sala chegou correndo dizendo ‘fecha a porta, fecha a janela porque um cara assaltou o posto’. Pensamos que era um assalto porque ele invadiu a escola, só que fechei os bebês no banheiro, depois vieram na porta dizendo que ele ‘veio matando’, ele foi no parque para matar. No parquinho, a turma do pré estava toda no parque fazendo uma roda de conversa”, relatou Simone Camargo à NSC TV.
De acordo com os investigadores, a apuração tenta identificar o envolvimento de outras pessoas. As aulas foram suspensas em Blumenau devido à comoção. O presidente Lula se manifestou lamentando a morte.