Fantástico denuncia esquema ilegal da plataforma Blaze e influenciadores envolvidos

O programa Fantástico realizou no domingo, 17, uma denúncia acerca dos jogos de azar da plataforma Blaze. De acordo com a emissora, a casa de apostas está sendo investigada pela policia por fornecer um serviço ilegal. Além do aplicativo, diversos influenciadores que participam da divulgação também podem ser investigados. 

De acordo com a reportagem, a apuração se iniciou após alguns apostadores alegarem não receber valores altos da plataforma. Isso porque a plataforma afirmou problemas nas contas ou uma possível fraude para não pagar o valor conquistado por meio dos jogos. 

Até a última atualização desta reportagem, a justiça determinou o bloqueio de cerca de R$ 100 milhões do jogo e solicitou que o site saísse do ar. Mas aparentemente, algumas plataformas semelhantes continuam disponíveis para serem acessadas. 

Grande parte dos apostadores conheceu a Blaze por meio da divulgação de influenciadores, quando eles divulgam inúmeras casas de apostas passando credibilidade aos seguidores. 

Influenciadores que divulgavam a Blaze

Ainda na reportagem, o Fantástico apresentou os nomes dos influenciadores que fizeram a divulgação do jogo, como: Juju Salimeni, Juliana Ferrari, Jon Vlogs, Viih Tube, Mel Maia, Rico Melquiades e MC Kauan. 

A Viih Tube, Juliana Ferrari e Mel Maia responderam a reportagem alegando que apenas faziam publicidade para o aplicativo, mas que assim que foram notificadas de que era ilegal, as mesmas solicitaram o encerramento do contrato. No entanto, a Juliana ainda continua divulgando.

Os demais influenciadores não responderam ao Fantástico, mas alguns deles, como Juju, Jon Vlogs e Rico se pronunciaram nas redes sociais sobre o caso.

Vale ressaltar que jogos de cassino são ilegais no Brasil por se tratarem de jogos de azar. Conforme informado pela reportagem do Fantástico, empresas, apostadores e divulgadores podem ser punidos pela prática do jogo. Isso porque os jogos iludem a vítima com a possibilidade do ganho. Além disso, podem causar prejuízos enormes, como vício, depressão e ansiedade.

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp