Filha de Michelle Bolsonaro é nomeada ganha cargo com salário R$ 13 mil

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A filha da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se tornou a quarta familiar da presidente do PL Mulher a ser nomeada para um cargo público em comissão. Letícia Firmino, de 20 anos, foi oficializada como assistente de gabinete da Secretaria de Articulação Nacional (SAN) do governo de Santa Catarina  em publicação do Diário Oficial na última sexta-feira, 14. Ela receberá salário de R$ 13 mil.

 

De acordo com a pasta, a jovem atuará em Brasília na função de confiança que consiste em elaboração e controle da agenda do gabinete, protocolo da entrada e saída de documentos oficiais, redação e digitação de atas de reuniões e acompanhamento de e-mails e telefonemas para a titular da SAN. Ela estaria credenciada para o cargo porque tem formação em Direito, cursa gestão pública e já atuou na área na Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa).

 

O governador de Santa Catarina Jorge Seif Júnior (PL-SC) que nomeou a filha de Michelle é o mesmo que já concedeu cargos para o filho mais novo de Bolsonaro, Jair Renan, e para o namorado de Letícia, o militar Igor Matheus Modtkowski. O genro da ex-primeira-dama é motorista do gabinete do aliado de Bolsonaro no Senado em Brasília com salário mensal de R$ 3.998,99.

 

O irmão de Michelle, Diego Dourado, é “Assessor Especial do Governador I” dentro do governo de São Paulo. Ele recebe R$ 21,5 mil por mês. O servidor comissionado já respondeu como assistente técnico do Ministério da Defesa e recebia R$ 5,6 mil de salário. A meia-irmã de Michelle atua dentro do gabinete da senadora e ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos como ajudante parlamentar pleno. Geovanna Kathleen Ferreira Lima tem 24 anos e recebe R$ 4 mil.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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