Fiscalização apreende 4 caminhões e multa em R$ 120 mil por descarte irregular em área de preservação

Ação foi registrada na quarta-feira (22/2), após população realizar denúncia através do telefone 161

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), apreendeu quatro caminhões e autuou cada um dos motoristas dos veículos em R$ 30 mil por descarte e aterramento de uma Área de Preservação Permanente (APP) pública do Jardim Leblon, em Goiânia. A ação foi registrada na última quarta-feira, 22/2, após denúncia pelo telefone 161.

De acordo com o presidente da Amma, Luan Alves, a intenção era aterrar uma área particular e parte da área pública com o “intuito de edificar construção no local”. “A ação foi frustrada e, após a aplicação da lei na esfera administrativa, os casos serão encaminhados ao Ministério Público para instauração de inquérito na esfera criminal”, explica.

Diretora de Fiscalização Ambiental da Amma, Hosana Arantes reforça que a área em questão vem sendo monitorada pelos agentes municipais. “Além do trabalho de fiscalização, a participação da população em denunciar possíveis crimes ambientais é fundamental para o sucesso das ações de preservação. Neste caso, recebemos a denúncia e, com o apoio da Guarda Civil Metropolitana, agimos com eficiência”, disse.

As autuações estão previstas no Decreto Federal de Crimes Ambientais 6514/2008, no Artigo 62, inciso V, que determina que o lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, óleos ou substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou atos normativos é passível de multa de R$ 5 mil a R$ 50 milhões.

 

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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