Fiscalização do TCE aponta problemas com falta de médicos em hospitais públicos de SP: multas e medidas corretivas exigidas

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) realizou uma fiscalização em hospitais públicos e apontou uma série de problemas decorrentes da falta de médicos, entre eles a falta de controle adequado dos plantões, consultas rápidas com menos de 5 minutos de duração e jornadas de trabalho incompletas. Dos nove hospitais vistoriados, sete apresentaram questões ligadas à ausência de médicos, sendo o Hospital de Heliópolis, localizado na Zona Sul da capital paulista, um dos focos da investigação.

Entre os hospitais vistoriados estão o Hospital Heliópolis, Ipiranga, Taipas, Mandaqui, Vila Nova Cachoeirinha, Vila Penteado, Guaianases, Várzea do Carmo e Leonor Mendes de Barros. Apenas Várzea do Carmo e Guaianases não apresentaram problemas, mostrando uma realidade preocupante no atendimento médico em diversas unidades de saúde estaduais.

No Hospital de Heliópolis, por exemplo, a fiscalização realizada revelou que dos 15 médicos escalados, apenas 5 compareceram ao trabalho. Além disso, a maioria dos profissionais não cumpriu a jornada completa estabelecida, o que impactou diretamente no atendimento aos pacientes, levando até mesmo a longas esperas por atendimento no pronto-socorro.

No Mandaqui, os problemas estavam relacionados principalmente ao agendamento de consultas, com casos de sobrecarga de pacientes marcados para um curto espaço de tempo e orientações para chegarem antes do médico começar o trabalho efetivamente. Já no Hospital de Taipas, foram registrados atendimentos rápidos em 5 minutos e profissionais que não estavam disponíveis durante todo o plantão.

Diante dessas irregularidades, o Tribunal de Contas do Estado aplicou multas ao diretor do Hospital de Heliópolis e ao secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, no valor de R$ 3.500 para cada um, sendo vedado o uso de recursos públicos para o pagamento. Além disso, foi solicitado que a Secretaria Estadual da Saúde tome medidas corretivas urgentes, como investimentos em reformas, ampliação e contratação de novos profissionais para garantir um atendimento de qualidade nas unidades de saúde estaduais.

É importante ressaltar que o Ministério Público foi informado sobre os resultados da fiscalização e deverá acompanhar de perto as ações para solucionar os problemas identificados nos hospitais vistoriados. A transparência e eficiência na gestão da saúde pública são fundamentais para garantir o acesso universal e igualitário aos serviços médicos, respeitando os direitos dos cidadãos e promovendo o bem-estar da população.

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Briga entre torcidas em SP: Polícia Civil prende mais suspeitos de emboscada – saiba mais sobre os desdobramentos

A Polícia Civil de São Paulo prendeu mais dois suspeitos envolvidos na emboscada contra torcedores do Cruzeiro, elevando o total de detidos para 17. Aurélio Andrade de Lima e Lucas Henrique Zanin dos Santos foram presos na sexta-feira (14) em conexão ao episódio que ocorreu em 27 de outubro, resultando na morte de um membro da Máfia Azul, torcida organizada do Cruzeiro, e deixando outros 17 feridos.

A briga entre torcedores do Palmeiras e Cruzeiro que resultou em 1 morto e 20 feridos em SP tem gerado desdobramentos significativos. A polícia tem efetuado prisões relacionadas ao incidente, como as de Luiz Ferreti Júnior, advogado que estava presente no local como torcedor da Mancha Alviverde, e agora encontra-se sob custódia.

Os desdobramentos recentes apontam para a prisão do ex-presidente e ex-vice da Mancha Alviverde, torcida organizada do Palmeiras, acusados de participar da emboscada contra os torcedores do Cruzeiro. A atuação das autoridades tem sido efetiva na busca pelos envolvidos, totalizando 15 prisões até o momento, com Aurélio Andrade de Lima e Neilo Ferreira e Silva ainda foragidos.

Os atos de vandalismo cometidos pelos torcedores palmeirenses durante a emboscada envolvem o uso de diversos objetos como pedaços de pau, pedras e rojões. A Polícia Civil identificou ao menos 18 membros da Mancha envolvidos no ataque, que resultou em lesões corporais nos torcedores do Cruzeiro, configurando crimes de dano, tumulto e associação criminosa.

Neste contexto, a OAB de São Paulo tem se manifestado em relação às condições de detenção de Luiz Ferreti Júnior, solicitando a conversão de sua prisão para domiciliar devido à superlotação das celas. Os desdobramentos das investigações prometem trazer mais esclarecimentos sobre a participação dos envolvidos nesta triste ocorrência.

Diante da gravidade dos eventos, a sociedade civil tem demandado por justiça e responsabilização dos culpados. Com as investigações em andamento, novas prisões e desdobramentos são aguardados para esclarecer os detalhes do ocorrido e garantir que atos de violência como estes não se repitam no cenário esportivo brasileiro. A punição dos envolvidos será crucial para restaurar a segurança e integridade nos eventos esportivos.

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