Flávio Bolsonaro tem derrota no STJ e continua sendo investigado por rachadinhas

Os ministros da Quinta Turma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) rejeitaram habeas corpus que pretendia anular o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) sobre movimentações do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O habeas corpus foi rejeitado por 3 votos a 2.

O COAF identificou operações atípicas nas contas do filho do presidente Jair Bolsonaro e de seus assessores. As movimentações são parte de inquérito iniciado em 2018 contra Flávio pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, no chamado escândalos das “rachadinhas”. O inquérito investiga acusações de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, além da apropriação de salários de funcionários, muitos deles lotados em gabinetes da família sem comprovar serviços prestados.

Em sessão virtual realizada nesta terça-feira, 16, o relator Ribeiro Dantas, da Quinta Turma do STJ, afirmou considerar “que o compartilhamento de dados entre o Ministério Público e o COAF aconteceu dentro da normalidade”. Já para o ministro Reynaldo Soares da Fonseca, “os relatórios são impessoais, mas apuram transações suspeitas”.

O resultado da votação valida a apuração de movimentações financeiras de Flávio Bolsonaro e que podem envolver o irmão, Carlos Bolsonaro, e o pai, Jair Bolsonaro. A expansão do suposto esquema para os demais membros da família foi revelada em série de reportagens publicadas pelo portal UOL.

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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