Gastos de cartão corporativo de Bolsonaro são contestados no TCU por Elias Vaz

Governo Federal deve realizar reajustes no salario de servidores apenas em 2023

As despesas do cartão corporativo do presidente Bolsonaro serão auditadas pelo Tribunal de Contas da União. A revisão ocorre a pedido do deputado federal por Goiás, Elias Vaz, após constatação de incoerências entre as justificativas apresentadas pelo chefe do Executivo federal para o alto valor e a comprovação diferente para os gastos computados. O parlamentar deve anexar uma solicitação de urgência no julgamento de auditoria requerido no início da semana passada.

De acordo com Elias, o primeiro fato questionável é o custeio de diárias da comitiva pelo cartão mesmo sendo arcadas pelo governo Federal por meio de requerimento e prestação de contas online feito pelo próprio agente que viajou a trabalho. O pagamento dessa despesa, segundo ele, ocorre por conta da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Apesar disso, a presidência da república teria empenhado e gastado R$ 4.572.209,25 com diárias destinadas a militares que integraram as comitivas de Bolsonaro e Mourão no ano passado, todos sob o comando do GSI. A discriminação da despesa consta dentro da previsão “Ação Orçamentária 4693 – Segurança Institucional do Presidente da República e do Vice-Presidente da República, respectivos familiares, e outras autoridades.

“Cai por terra essa explicação fajuta de ter que bancar guarda-costas. Essas contradições do presidente indicam que tem algo errado nessa história dos gastos do cartão corporativo. E essa situação precisa ser explicada. A sociedade já está há muito tempo esperando uma satisfação. Os gastos do cartão corporativo do Bolsonaro superam os de outros presidentes e estão altíssimos”, defende ele. Nos últimos três anos de governo Bolsonaro, o cartão corporativo dele somou R$30 milhões.

O pagamento das passagens aéreas destinadas aos integrantes da equipe de segurança institucional incluídas no cartão corporativo presidencial também não teria ocorrido. Elias alega que o pagamento de R$5.343.616,93 dos R$ 5.992.662,01 pagos com a mesma “Ação Orçamentária 4693” foram diretamente para a empresa Miranda Turismo e Representações Ltda por meio de contrato firmado através de um pregão eletrônico.

Acima da média

O valor conjunto dos cartões da presidência, da Abin e do GSI  ultrapassa a marca de R$52, 9 milhões, conforme aponta o parlamentar. Na última segunda (07), Jair Bolsonaro argumentou que entregou mais obras do que antecessores e, por isso, usou mais os cartões corporativos e não haveria exageros.

“Essa última comparação foi de um senador do Espírito Santo. Ele pegou dois anos da Dilma, dois anos do Temer e três anos meus, fez a proporcionalidade e deu um pouco a mais do meu lado. Só que a Dilma viajava para onde, para inaugurar o quê? Não fizeram nada. Gastavam com segurança com ela? Não tinha ninguém que estava atrás de fazer uma besteira com ela”, afirmou o presidente.

 

 

 

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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