O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, arquivou uma ação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) por apologia ao Ato Institucional 5, alegando que a corte não tem competência jurídica para analisar o caso, e sim a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em novembro de 2019, o deputado foi alvo de uma queixa-crime assinada por 18 parlamentares do PSOL, PT, PSB, PDT, PC do B, além da liderança da Minoria na Câmara Federal. A ação foi motivada após uma fala de Eduardo, em entrevista à jornalista Leda Nagle, no YouTube, em que ele afirmou que “se a esquerda brasileira radicalizar, uma resposta pode ser via um novo AI-5”.
De acordo com a peça, Eduardo Bolsonaro “incitou um possível retorno do AI-5, página infeliz da história brasileira, afrontando diretamente os ditames constitucionais e democráticos pátrios”. Os partidos moveram a ação no STF pedindo que Eduardo fosse condenado por incitação e apologia ao crime, além de ato de improbidade administrativa, o que poderia levar à perda de cargo do filho do presidente Jair Bolsonaro.