Goiânia é uma das capitais sem regras atuais para antenas mesmo após 5G

5G

Nove meses após liberação do 5G em Goiânia, a cidade ainda não tem norma atualizada sobre antenas. A capital é uma das únicas quatro no Brasil sem lei mais moderna, de acordo a Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel). A legislação do tema é local porque cada município tem especificidades legais. A oficialização das regras favorece a  oferta de infraestrutura de telefonia e internet que emitem o sinal, como as relacionadas à ocupação do solo.

 

Goiás fica em nono lugar no ranking nacional com maior número de  cidades com leis atualizadas sobre a telecomunicação. O estado tem cinco, enquanto o líder nacional é São Paulo, com 74. Ao todo,  são 302 municípios com 39% da população brasileira aptos a receber melhoria e instalação de antenas 5G de internet.

 

Com o 5G, a proposta é garantir melhor resposta de conexão, mais segurança, ampliação do número de aparelhos conectados à internet no País e maior acesso a opções como telemedicina, cirurgias a distância e chegada de carros autônomos, por exemplo. A captação integral da rede deve ficar limitada para a maioria da população já que os atuais aparelhos celulares não estão habilitados a receber a nova tecnologia. Atualmente, há apenas 67 modelos de telefone móvel estão compatíveis, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações  (Anatel). 

 

Capitais sem normas atualizadas sobre o 5G:  Goiânia, Palmas, Salvador e Recife

 

O problema está na faixa de frequência. Nem todos os celulares conseguem receber o mais recente sinal de transmissão de forma integral para o carregamento e envio de dados de forma veloz pelo smartphone. Embora alguns fabricantes aleguem oferecer a habilitação para o 5G, muitos não estão totalmente prontos para a novidade (confira abaixo a lista com os celulares aptos). 

Obstáculos

Na capital goiana, a implementação parece ser um desafio a ser cumprido a médio ou longo prazo por outros motivos. O professor de telecomunicações do Instituto Federal de Goiás (IFG), João Batista Pereira, ressalta que falta mão de obra qualificada para concretizar o projeto de atualização tecnológica e também infraestrutura que, na perspectiva, deveria ser ampliada em 50% a quantidade de Estações Rádio Base (ERB’s), o local onde ficam os rádios e as antenas para que haja cobertura em todas as regiões da cidade. 

“Não acredito que temos a infraestrutura necessária para disponibilizar a tecnologia 5G nos municípios com mais de 100 mil habitantes até 29 de setembro de 2022. Não é só virar as chaves. É preciso redimensionar as células pertencentes às diversas ERB’s, substituir antenas e equipamentos e até mesmo fazer interligação com as CCC’s, as Centrais de Comutação e Controle do Sistema Móvel Celular, para ter novas taxas de transmissão”, explicou em entrevista ao DE em julho do ano passado.

TV Aberta 

 

O “novo” sinal 5G interrompeu a atual frequência de televisão convencional para não sobrepor as redes. Na prática, as pessoas devem trocar a parabólica tradicional pela digital para conseguir assistir aos canais de TV aberta. A vantagem é a melhoria da qualidade de som e imagem. As famílias que utilizam outros sistemas de recepção não serão afetadas. O governo federal oferece kits gratuitos com o equipamento para beneficiários de programas sociais por meio do site sigaantenado.com.brA primeira cidade brasileira  oferecer a rede foi Brasília, em 06 de julho de 2022

 

Confira ranking de estados com maior número de cidades com leis sobre 5G:

1º – São Paulo (74)

2º – Santa Catarina (63)

3º – Rio de Janeiro (42)

4º – Minas Gerais (35)

5º – Espírito Santo (23)

6º – Rio Grande do Sul (11)

7º – Paraná (10)

8º – Mato Grosso (6)

9º – Goiás (5)

10 º – Paraíba (4)

11º -Ceará, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco e Rio Grande do Norte (todos com 3)

12º – Acre, Maranhão (ambos com 2)

13º – Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins (todos com 1)

 

Fonte: Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel)

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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