Goiânia interrompe aplicação da primeira dose contra Covid

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) interromperá, a partir desta terça-feira (1), a aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19. De acordo com a SMS, o “atendimento será retomado após o recebimento de nova remessa pelo Ministério da Saúde”. Até o sábado (29), 396.365 pessoas haviam iniciado o ciclo de imunização e 210.698 já haviam recebido a dose de reforço.

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Câncer de mama em homens: doença causa cerca de 230 mortes anuais no Brasil

Embora mais associado às mulheres, o câncer de mama também afeta homens, correspondendo a cerca de 1% dos casos diagnosticados. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são registrados aproximadamente 750 novos casos masculinos por ano no Brasil, resultando em uma média de 230 mortes anuais, de acordo com dados do DataSUS.

A falta de informação e o diagnóstico tardio são os principais fatores que dificultam o tratamento e reduzem as chances de cura. O cirurgião oncológico e mastologista Juliano Rodrigue da Cunha, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, destaca que os homens tendem a negligenciar os cuidados com a saúde, o que contribui para diagnósticos em estágios avançados e tratamentos mais complexos.

Sinais de alerta
Diferentemente das mulheres, os homens não têm diretrizes de rastreamento para câncer de mama, tornando essencial a atenção aos sinais da doença. Entre os principais sintomas estão:

  • Nódulo na mama;
  • Secreção pelo mamilo;
  • Alteração no formato da mama;
  • Retração ou alteração no mamilo;
  • Mudanças na pele da região;
  • Nódulos na axila.

Segundo especialistas, a estrutura hipodesenvolvida da mama masculina pode facilitar a detecção de alterações. Assim, ao perceber qualquer sintoma, é fundamental procurar um médico imediatamente.

Fatores de risco
As causas do câncer de mama em homens ainda não são completamente compreendidas, mas alguns fatores aumentam o risco, como envelhecimento, histórico familiar de câncer, mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, obesidade, consumo de álcool e a presença de condições genéticas como a síndrome de Klinefelter. A doença é mais comum após os 60 anos, embora possa ocorrer em qualquer idade.

Tratamento e sobrevida
O diagnóstico é confirmado por mamografia e biópsia, com tratamento semelhante ao das mulheres, envolvendo cirurgia, radioterapia e terapias sistêmicas. Um estudo publicado na revista Clinical Oncology analisou dados de cerca de mil homens diagnosticados em São Paulo entre 2000 e 2020, revelando que a radioterapia após cirurgia aumenta a sobrevida em casos de estadiamento 2 e 3, quando a doença ainda está localizada na mama ou linfonodos próximos. Por outro lado, a quimioterapia não demonstrou impacto significativo na probabilidade de sobrevivência.

Para o radio-oncologista Gustavo Nader Marta, presidente da Sociedade Brasileira de Radioterapia, o diagnóstico precoce continua sendo um dos maiores aliados para o sucesso do tratamento. “Quanto mais avançada a doença, maior o risco de morte. Reconhecer os sintomas e agir rapidamente pode salvar vidas”, reforça Marta.

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