Última atualização 28/06/2022 | 13:38
Depois da repercussão do vídeo em que aparece fazendo sexo com alguns homens na companhia do marido, no show da dupla Henrique e Juliano, em Goiânia, a cabeleireira Géssica Gomes dos Santos, de 31 anos, veio a público denunciar que foi estuprada e que ainda teve as imagens do crime expostas nas redes sociais pelos homens.
A mulher que é mãe de duas meninas, de 7 e 15 anos, contou ao G1 que não se lembra de nada do que aconteceu no show e que descobriu que havia sido abusada porque recebeu o vídeo do crime no dia seguinte ao evento, que aconteceu no último dia 5.
Géssica contou ainda que a família inteira foi afetada pela divulgação das imagens e pela versão que foi divulgada na web, onde ela e o marido teriam concordado em trocar uma garrafa de uísque por sexo. No entanto, ela afirma que essa versão não é verdadeira e que não se lembra de nada do que aconteceu.
“Eu lembro de estar bebendo cerveja, depois de uma luz no meu rosto e de falar apaga a luz, mas não tinha noção do que estava acontecendo, muito menos de que tinha alguém filmando. Minha vida não é mais a mesma depois dessa exposição toda. Eu quero expor a minha versão”, explicou.
Críticas
Géssica diz que o marido também não se lembra do que aconteceu e agora tem sido alvo de chacota devido ao ocorrido. A cabeleleira afirma que o marido não teve nenhuma reação porque não entendia o que estava acontecendo, mesmo estando com ela na hora em que aconteceu ocorrido. A repercussão do vídeo, segundo a mulher, vem gerando críticas e até mensagens de pessoas julgando a atitude, além de estar causando prejuízo ao seu negócio, visto que perdeu clientes no salão de beleza.
“Eu jamais faria uma coisa dessas, nem uísque eu bebo. Meu marido também nunca deixaria isso acontecer. Quem filmou e enviou o vídeo também divulgou meus perfis nas redes sociais e meu número”, contou.
Registro policial
A cabeleireira disse que procurou a Polícia Civil (PC) e registrou um boletim de ocorrência sobre a divulgação das imagens, mas que foi orientada a ir à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia para denunciar o estupro que teria ocorrido no show.
“Fiquei horas lá esperando para ser atendida, até que me falaram que a delegada que ia me ouvir teve que ir embora, pegaram meu telefone, falaram que iam me ligar, mas não recebi retorno deles. Ninguém veio me perguntar se era verdade o que estavam dizendo sobre mim. Todo mundo me julgando, não aguento mais essas piadinhas, está afetando demais a mim, minha família, meu serviço. Espero que seja feita justiça, que esse povo que está me difamando pague”, concluiu.