Goiânia terá 3,5 mil vagas de trabalho no final do ano, estima Fecomércio

O número é o maior desde 2013. Cenário do trabalho se dá pelo aumento da confiança dos empresários e a diminuição dos endividados

A Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-Go) apresentou, na tarde desta terça-feira (05), dados de três pesquisas em que demonstram um cenário positivo para as compras e, consequentemente, abertura de vagas de trabalho para contratação em empregos temporários, no final do ano. Serão 3.500 vagas de trabalho disponíveis. A última vez em que o comércio ofereceu essa quantidade de emprego no estado de Goiás, foi em 2013.

Consultor financeiro

De acordo com o especialista em investimentos e consultor de assuntos financeiros da Fecomércio Goiás, Bruno Ribeiro, os dados mostram que os empresários estão mais confiantes na economia, pela primeira vez depois da pandemia:

“Esta alta, faz com que o empresário contrate mais, gere mais emprego, tenha um nível de expansão das atividades. E isso tudo favorece o cenário econômico, que se torna positivo, tanto no contexto local quanto nacional”, explica.

Confederação Nacional do Comércio

Os dados são produzidos a partir de pesquisas da Confederação Nacional do Comércio (CNC), em setembro deste ano. Nos dados apresentados, são calculados o Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC). Ainda, segundo o consultor, esse índice de confiança está relacionado com a diminuição do endividamento das famílias:

“Com base em nossas análises nos últimos meses, fomos destaques na diminuição do endividamento das famílias. Agora subimos a confiança do empresário local. Então temos toda uma perspectiva positiva de que essa retomada tenha ainda mais vigor até o fim deste ano”, diz.

A quantidade de pessoas endividadas apresentou queda de 10% em 2021, quando comparado ao ano de 2020. (Fonte: Fecomércio)

Os endividados

A quantidade de pessoas endividadas favorece o comércio local pois fornecem um capital de giro, é o que afirma Bruno. “Podemos falar que estes eventos têm um efeito cascata, mas não esperávamos que fosse de uma maneira tão elevada”. Entretanto, o consultor destaca que apesar das perspectivas serem otimistas, é preciso ter cautela “É importante pontuar que temos um cenário econômico incerto, nacional e internacional, além do IOF, a alta do dólar, por exemplo, mas ainda assim, podemos tirar boas perspectivas para o fim de 2021”.

As assessorias dos principais shoppings da cidade, locais responsáveis pela maior parcela das contratações temporárias, informaram que divulgará o levantamento das vagas a partir da segunda quinzena de outubro.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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