Goiás realiza força-tarefa para minimizar efeitos do frio no estado

Para conter os efeitos do frio em Goiás, o governo do estado e as prefeituras realizam força-tarefa. Entre as ações, estão a distribuição de alimentos, cobertores, agasalhos, além criação de abrigos para atender a população em situação de rua.

O programa “Aquecendo Vidas 2022” começa nesta quarta-feira, 18, às 16 horas, em Aparecida de Goiânia. Com apoio da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), a ação terá início em frente ao Colégio Estadual Jardim Cascata. Em seguida, a equipe vai se deslocar para a ocupação Alto da Boa Vista, onde a mais de 700 famílias vulneráveis receberão cobertores e cestas básicas.

Homem em situação de rua, recebe cobertor da Prefeitura de Aparecida de Goiânia (Foto: Jhonney Macena)

Ao final da tarde, os voluntários seguirão para Goiânia. Lá serão montados três pontos de distribuição simultânea: Avenida Independência com Rua 44, Praça Joaquim Lúcio, em Campinas, e Setor Estrela D’Alva. Na capital, além dos cobertores, serão doados kits com marmitas, água e pares de meias. Também serão oferecidos atendimento médico por equipes do Consultório de Rua da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

De acordo com o governo do Estado, a operação garante dignidade aos que mais necessitam, especialmente nas noites mais frias, e alcançará todos os 246 municípios goianos.

Abrigo de emergência

Na semana que já é considerada a mais fria do ano, a prefeitura de Goiânia acolhe pessoas em situação de rua, e providencia abrigo no Parque Mutirama. A ação emergencial foi determinada na noite desta terça-feira (17), em razão do frio intenso na capital.

Os servidores públicos e a Defesa Civil vão até os desabrigados e os encaminham ao Parque, onde foi montada estrutura para recebê-los. A Guarda Civil Metropolitana também compõe a força-tarefa, e é responsável pela segurança.

Homem em situação de rua é acolhido no Parque Mutirama. (Foto: Fernando Leite/ Prefeitura de Goiânia)

A população abrigada no local recebe cobertores, agasalhos e refeições. Caso a demanda por abrigo não seja suprida, a prefeitura deve abrir outros espaços.

Bem-estar animal

Vulneráveis neste período, os animais do Zoológico de Goiânia recebem feno e serragem para se proteger do frio. De acordo com a Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), o objetivo é garantir o cuidado e o bem-estar dos animais.

Animais recebem feno e serragem para se proteger do frio (Fotos: Agetul)

Os répteis, como as serpentes, devem receber um tratamento especial, já que eles necessitam do calor ambiente para manter a temperatura corporal.

Animais recebem feno e serragem para se proteger do frio (Fotos: Agetul)

Apesar disso, a Agetul garante que o parque vai continuar aberto para visitação de quarta-feira à domingo, das 8h30 às 17h. A compra de ingressos pode ser realizada até às 16h. A entrada custa R$ 5,00. Crianças de 4 a 12 anos e estudantes, mediante a apresentação de carteirinha, possuem direito a meia entrada. O pagamento é feito apenas em dinheiro.

 Quinta-feira (19) deve ser o dia mais frio do ano, confira a previsão de mínimas, segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) :

  • Jataí: 2ºC
  • Rio Verde: 3ºC
  • Mineiros: 4,8ºC
  • Caldas Novas: 3ºC
  • Ouvidor: 4ºC
  • Cristalina: 5ºC
  • Catalão: 3ºC
  • Anhanguera: 4ºC
  • Anápolis: 4ºC
  • Luziânia: 5ºC
  • Goiânia: 6ºC
  • Itumbiara: 5ºC
  • Ipameri: 5ºC
  • Goianésia: 5ºC
  • Porangatu: 13ºC

 

 

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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