Goiás teve menos áreas florestais de parques de conservação queimadas neste ano comparando com os dados de 2019. Os números apontam que a redução de incêndios chegou a 80%, caindo de 24.409 hectares para 4.670 hectares, de acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). O resultado positivo está relacionado ao emprego de tecnologia e de ações estratégicas de prevenção.
Uma delas foi o lançamento do Monitor de Queimadas, que detecta pequenos focos de incêndio de até três metros quadrados em unidades de conservação e permite calcular a mão de obra necessária ao combate. As informações entre todos os órgãos parceiros. Integram a rede são compartilhadas com a Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros, defesas civis municipais e outros órgãos competentes.
A realização de aceiros, aumento da equipe de brigadistas de incêndio e campanhas publicitárias na TV, rádios e outdoors ajudaram a chegar ao atual balanço. As medidas adotadas foram embasadas na previsão acertada de seca extrema para este ano feita pelo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). O prognóstico permitiu que o governador Ronaldo Caiado assinasse um decreto de situação de emergência ambiental no Estado por 120 dias, a partir de agosto.
Estatísticas apontam que 90% dos focos de incêndio têm causa humana, sendo apenas 10% iniciados por eventos naturais, como raios. A titular da Semad, Andréa Vulcanis, afirma que “são pessoas que ainda jogam resto de cigarros às margens das rodovias, que ateiam fogo em lixo doméstico”.
A região da Chapada dos Veadeiros é uma das que contabilizada incêndios recorrentes no estado. Na noite da última segunda-feira, 3, seis centros de fogo, sendo quatro causados por raios e dois de origem desconhecida destruíram a vegetação e colocaram a população e as casas em risco. Os fogos alcançaram o Morro da Baleia e no Jardim de Maytrea, em Alto Paraíso.