Goiás sedia Conferência de Ciência, Tecnologia e Inovação do Centro-Oeste

Goiás é a sede da Conferência de Ciência, Tecnologia e Inovação da Região Centro-Oeste, que será realizada nesta segunda (29/04) e terça-feira (30/04), no Campus Samambaia da UFG.

O evento reúne representantes do Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para debater e refletir sobre o papel da CT&I nos próximos anos. As inscrições são gratuitas e abertas à participação de todos interessados, pelo link https://abre.go.gov.br/centrooeste.

Durante dois dias, os participantes terão acesso a palestras, debates e apresentações dos mapas estratégicos elaborados por cada estado. A organização do evento é do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, e Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com apoio da Universidade Federal de Goiás (UFG) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).

ESPAÇO DE DIÁLOGO

A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que estará presente no segundo dia do evento (30/04), diz que a conferência é um importante espaço de diálogo para refletir sobre o papel da ciência, tecnologia e inovação no país e seus rumos nos próximos anos.

“Poderemos propor recomendações para uma nova Estratégia Nacional de CT&I para o futuro nos próximos 10 anos. Este é um importante espaço democrático de escuta entre o Governo e a sociedade”, afirma a ministra.

O vice-governador Daniel Vilela estará presente na conferência, que reúne instituições de ensino e pesquisa, sociedade civil, setor empresarial e governo.

“Estamos entusiasmados em sediar esta importante conferência que reunirá líderes e especialistas em Ciência, Tecnologia e Inovação da região Centro-Oeste. É uma oportunidade ímpar para discutirmos estratégias e promovermos colaborações que impulsionem o desenvolvimento científico e tecnológico em nossos estados”, frisa o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás, José Frederico.

MAPA DE CT&I DA REGIÃO CENTRO-OESTE

O objetivo da conferência é construir um mapa de CT&I da Região Centro-Oeste, a partir das demandas já levantadas durante as Conferências Estaduais. As discussões serão orientadas por quatro eixos temáticos, que permearam todos os eventos realizados:

  • Recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI).
  • Reindustrialização e novas bases e apoio à inovação nas empresas.
  • Ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicos nacionais.
  • E Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social.

PROGRAMAÇÃO

A abertura oficial, nesta segunda-feira (29/04), contará com as participações do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás (Secti), José Frederico Lyra Netto; do diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos do governo federal (CGEE), Anderson Gomes; do secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Guilherme Calheiros; e da Reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Angelita Lima.

Para a palestra magna, foram convidados o secretário Guilherme Calheiros (MCTI) e o diretor Anderson Gomes (CGEE), que vão abordar o tema central da Conferência: CT&I para um Brasil justo, sustentável e desenvolvido.

Na sequência, o tema será debatido em uma Roda de Conversa, tendo como mediador o titular da Secti Goiás, José Frederico, com as participações de representantes dos quatro estados: pró-Reitora da Universidade do Estado do Mato Grosso, Áurea Inácio; Reitora do Instituto Federal do Mato Grosso do Sul, Elaine Borges Monteiro Cassiano; do CEO da Everest Digital – empresa do Grupo Soluti, de Goiás, Gleydson Araújo; e do diretor de Negócios, Ciência, Tecnologia e Inovação da BioTic – Parque Tecnológico de Brasília.

O período da tarde do primeiro dia está reservado para as apresentações dos mapas estratégicos de cada estado do Centro-Oeste, que foram elaborados durante as conferências estaduais. Os quatro eixos temáticos serão debatidos pelos representantes dos estados, tendo como objetivo final a elaboração do mapa estratégico de CT&I do Centro-Oeste.

Na manhã de terça-feira (30/04), a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, participa da Conferência Regional Centro-Oeste, com previsão de participação também do governador Ronaldo Caiado, acompanhado do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás, José Frederico. Na ocasião, haverá ato solene com participação das autoridades presentes e representantes de entidades, instituições e sociedade civil organizada.

Na sequência, o secretário José Frederico (Secti Goiás) apresenta o Plano Diretor para Educação Superior de Goiás (2024-2033), e o e-book do documento. A elaboração do PDES foi realizada de agosto de 2022 até dezembro de 2023, e foi baseada em estudos, escutas ativas, dez audiências públicas e participações de diversos atores da área acadêmica, setor produtivo, governo e comunidade.

A plenária final será realizada à tarde, das 14 às 17 horas, quando os conferencistas vão compilar as reflexões sobre os principais desafios e as contribuições da agenda regional. O documento final subsidiará a construção da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação que será elaborado durante a Conferência Nacional de CT&I, que será realizado de 04, 05 e 06 de junho, em Brasília.

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Agrodefesa apreende 10 mil embalagens de agrotóxicos armazenadas de forma irregular

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em parceria com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), deflagrou, na última terça-feira, 17, em Trindade e Paraúna (GO), a Operação Terra Limpa.

A ação resultou na apreensão de mais de 10 mil embalagens vazias de agrotóxicos que estavam armazenadas de forma irregular, em desacordo com legislações ambiental e de defesa agropecuária vigentes.

As embalagens foram encontradas em diferentes estados de processamento — algumas prensadas, outras trituradas —, e estavam em condições inadequadas de armazenamento. Também foi descoberto um caminhão carregado com embalagens vazias.

Os profissionais envolvidos na operação identificaram que os materiais eram triturados para reciclagem, porém a destinação final das embalagens não cumpria as normas legais de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos.

Os materiais apreendidos – que totalizaram seis caminhões com produtos – foram enviados para a Associação Goiana de Empresários Revendedores de Produtos Agropecuários (Agerpa), localizada em Goiânia, e para a Associação dos Distribuidores de Produtos Agrícolas de Rio Verde (Adirv) para pesagem e destinação final.

Essas associações são unidades que representam os estabelecimentos comerciais de insumos agrícolas, autorizadas a recepcionar e dar a correta destinação final das embalagens vazias – que passam por tríplice lavagem pelos produtores -, ou ainda daquelas que podem conter resíduos de agrotóxicos.

Segundo a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, os fiscais estaduais agropecuários e os agentes da Polícia Civil apuraram ainda que a intenção do proprietário do estabelecimento era desviar as embalagens para recicladoras clandestinas.

“É importante destacar que o processo legal de reciclagem de embalagens vazias de agrotóxicos é de competência do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). A instituição é responsável pela gestão da política reversa das embalagens vazias de agrotóxicos e nós, da Agrodefesa, estamos inseridos nesse processo como responsáveis por orientar os produtores e fiscalizar o cumprimento da obrigatoriedade legal do correto armazenamento e devolução das embalagens vazias”, informa.

Penalidade

Além da apreensão do material, o responsável pelo estabelecimento foi detido pela Polícia Civil e autuado pelos fiscais da Agrodefesa. De acordo a com legislação federal e estadual de agrotóxicos, a previsão é que esse tipo de infração tenha penalidades administrativa e criminal, com multas que podem chegar a R$ 50 mil, além de pena de reclusão, de dois a quatro anos.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, reforça que esse tipo de prática de descarte e armazenamento irregular de embalagens de agrotóxicos vazias, além de ser crime, coloca em risco o meio ambiente, a saúde pública e a economia no Estado.

“Pode trazer sérios danos para a população e afetar toda uma cadeia produtiva. Por isso, casos como esses devem ser denunciados aos órgãos competentes para que as medidas de prevenção e repressão sejam tomadas o mais rápido possível”.

Denúncia

A operação foi realizada a partir do trabalho inicial de apuração feito em Paraúna (GO) por fiscais estaduais agropecuários da Unidade Regional Rio Verdão da Agrodefesa. No município, os profissionais identificaram desvios, processamento e envio de embalagens de agrotóxicos para Trindade.

O coordenador da UR Rio Verdão, Giovani Miranda, destaca que a partir disso foi possível a identificação dos receptadores e a localização do galpão em que o processamento clandestino das embalagens acontecia.

“Essas medidas possibilitaram à Delegacia de Crimes Rurais a apreensão de outras quatro cargas nesse mesmo depósito”, informa.

Participaram da ação fiscais estaduais agropecuários das Unidades Rio dos Bois e Rio Verdão, e da Gerência de Fiscalização Agropecuária, sob coordenação da Gerência de Sanidade Vegetal, além de agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR).

Destinação correta de embalagens de agrotóxicos

Em Goiás, são 13 associações credenciadas pelo inpEV, que juntas são responsáveis pela gestão em 27 Unidades de Recolhimento de Embalagens Vazias (UREV), devidamente cadastradas na Agrodefesa, sendo 17 Postos e 10 Centrais, localizadas nos seguintes municípios:

Acreúna, Anápolis, Bom Jesus, Catalão, Ceres, Cristalina, Formosa, Goianésia, Goiânia, Iporá, Itaberaí, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Mineiros, Morrinhos, Paraúna, Piracanjuba, Porangatu, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Vianópolis e Vicentinópolis.

Os empresários que utilizam agrotóxicos, ao concluírem a aplicação, devem realizar a tríplice lavagem, armazenamento adequado e a devolução das embalagens vazias, suas tampas e eventuais resíduos pós-consumo dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou da data de vencimento.

A devolução pode ainda ser intermediada por postos ou centrais de recebimento, bem como por ações de recebimento itinerantes, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente, nesse caso em Goiás, pela Agrodefesa, com a gestão sob responsabilidade do inpEV junto às suas associações de revendas credenciadas.

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