Goiás será fundamental na elaboração de plano contra desmatamento e queimadas

O Estado de Goiás terá um papel fundamental na elaboração do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado), programa criado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). A afirmação é do secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, que se encontrou com a secretária de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad), Andréa Vulcanis, durante a primeira reunião desde ano do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), nesta quarta-feira, 17, na sede do Ibama, em Brasília.

 

Segundo Capobianco, o PPCDAm, na Amazônia, foi o primeiro plano colocado em andamento. O segundo será, agora, o projeto focado no Cerrado. A expectativa do secretário-executivo é de que o projeto entre em atividade nos próximos 60 dias. “O Cerrado vai ganhar cada vez mais importância [no cenário nacional]. Não tivemos ainda um diálogo estruturado com o Estado, mas, com o Conama e o PPCerrado, vamos abrir cada vez mais perspectivas.”

 

O objetivo do plano de prevenção é conciliar produção e proteção ambiental. A meta fixada pela Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) é de reduzir em 40% os índices anuais de desmatamento em relação às médias verificadas entre 1999 e 2008.

 

A secretária Andréa Vulcanis, do Estado de Goiás, afirmou que a gestão local está preparada para contribuir com o desenvolvimento de propostas para incentivar a preservação do Cerrado. “Nosso objetivo também é criar políticas de valorização da vegetação nativa em pé. Mas sei que precisamos atuar para conseguir saídas inteligentes, que enxerguem os gargalos que envolvem o desenvolvimento de ações sustentáveis em Goiás.”

 

Reunião do Conama

 

As atividades do Conama foram retomadas nesta quarta-feira, 17, na sede do Ibama em Brasília. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou. “Queria dizer da minha satisfação de retomar as atividades do Conama. A retomada se aplica de maneira geral, também, à sociedade civil, órgãos públicos e conselhos”, disse a ministra, durante sua parte.

 

Para Marina, é preciso trabalhar pelo combate ao desmatamento em áreas de preservação, em territórios de povos tradicionais e outros lugares. “Precisamos trabalhar para que sejam desintrusados”, disse a ministra.

 

Ao todo, 87 conselheiros participaram do evento em Brasília, nesta quarta-feira. Este número representa cerca de 80% do quórum total de integrantes do Conselho Nacional de Meio Ambiente.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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