Golpes de Natal: 5 armadilhas comuns durante as compras de fim de ano

Com a chegada da segunda parcela do 13º salário nesta sexta-feira, 20, muitos brasileiros estão se preparando para as compras de Natal. Contudo, a pressa nas compras pode abrir espaço para fraudes. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta para os cinco golpes mais comuns durante esta época e oferece dicas para evitar cair nessas armadilhas.

José Gomes, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban, recomenda cautela com ofertas suspeitas e preços abaixo do valor de mercado. “Pesquise a média de preços em sites confiáveis e digite o endereço diretamente no navegador”, orienta.

1. Vendas falsas Golpistas criam lojas virtuais falsas, perfis em redes sociais e enviam e-mails e mensagens de texto com promoções inexistentes. Esses sites geralmente oferecem produtos a preços muito baixos, tentando convencer o consumidor a comprar rapidamente devido ao “estoque limitado”. Algumas páginas falsificam endereços de sites conhecidos, trocando apenas uma letra. Para evitar esse golpe, pesquise os preços e acesse as lojas digitando o endereço diretamente na barra de pesquisa.

2. Phishing (pescaria de dados) O phishing é uma das fraudes digitais mais comuns, onde os criminosos enviam e-mails ou mensagens para tentar roubar dados pessoais, como CPF ou informações bancárias. A recomendação é não clicar em links suspeitos, manter o antivírus atualizado e verificar se o endereço da página acessada está correto.

3. Brinde falso Com os dados pessoais da vítima, golpistas entram em contato oferecendo brindes falsos, insistindo para que o presente seja entregue pessoalmente. Para garantir o “presente”, exigem pagamento de uma taxa via cartão e podem tentar enganar a vítima com maquininhas de pagamento com visor danificado ou até solicitar uma selfie para realizar autenticação bancária. A Febraban alerta para qualquer abordagem que envolva solicitações de fotos ou informações pessoais.

4. Troca do cartão Nos estabelecimentos físicos, é preciso atenção redobrada. Golpistas observam a digitação da senha do cartão e, durante a devolução, trocam o cartão da vítima, fazendo compras em nome dela. A orientação é não entregar o cartão a outra pessoa e sempre conferir os dados antes de finalizar a compra.

5. Maquininha quebrada Alguns golpistas utilizam maquininhas de cartão com telas danificadas ou escondem a tela para que o consumidor não veja o valor cobrado. O erro só é percebido quando a vítima confere o extrato bancário. Caso a maquininha apresente problemas, recuse o pagamento e sempre confira o valor exibido antes de digitar a senha.

Em época de compras rápidas e promoções tentadoras, é essencial estar atento aos sinais de fraudes e garantir a segurança durante as compras de Natal.

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BC realiza maior leilão de dólares desde 2020

BC Realiza Maior Leilão de Dólares desde 2020

O Banco Central (BC) realizou na segunda-feira, 16 de dezembro, a maior intervenção no mercado cambial à vista desde 2020, vendendo US$ 1,6275 bilhão em um leilão extraordinário. Essa operação foi uma resposta à escalada do dólar, que chegou a ser cotado a R$ 6,10, recuando para R$ 6,03 após a intervenção.

Além disso, o BC ofertou US$ 3 bilhões em um leilão de linha, uma modalidade com compromisso de recompra prevista para março de 2025. Essa ação permitiu ao BC oferecer liquidez ao mercado no curto prazo sem reduzir permanentemente as reservas internacionais do país.

A alta do dólar é resultado da combinação de um cenário internacional de valorização da moeda americana e incertezas fiscais no Brasil. Nas últimas semanas, o BC intensificou as intervenções no câmbio, realizando quatro operações extraordinárias em menos de uma semana.

Na sexta-feira, 13 de dezembro, a autarquia já havia vendido US$ 845 milhões em um leilão à vista. O leilão desta segunda-feira marcou a maior injeção de dólares em uma única operação desde março de 2020, quando foram vendidos US$ 2 bilhões.

As intervenções do BC buscam reduzir a volatilidade e corrigir disfuncionalidades no mercado, seguindo a lógica de oferta e demanda. O movimento ocorre em um contexto de elevação da taxa básica de juros (Selic), definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central).

Na última semana, a Selic foi ajustada para 12,25% ao ano, com previsão de novos aumentos em 2025, que podem levar a taxa ao mesmo patamar registrado durante a crise fiscal de 2015-2016.

Declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra os juros altos também contribuíram para aumentar as taxas futuras e intensificar a volatilidade cambial.

O Banco Central, sob a liderança de Gabriel Galípolo a partir de 2025, reforçou que atua no câmbio apenas em situações de disfuncionalidade, evitando intervenções regulares para sustentar artificialmente a cotação do dólar.

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