Golpista forja ataque cardíaco em 20 restaurantes para não pagar conta

Um golpista foi preso na Espanha por forjar ataque cardíaco para evitar pagar sua conta. O homem, conhecido como Aidas J., um lituano que reside na cidade de Alicante, enganou 20 restaurantes antes de ser preso. Os casos de sair sem pagar a conta totalizaram um prejuízo de €766 aos estabelecimentos.

Durante suas “atuações”, ele caía no chão e segurava o peito em uma agonia fingida. “Foi muito teatral, ele fingia desmaiar e se jogava no chão”, disse o gerente do El Buen Comer, um dos estabelecimentos que o golpista enganou, ao jornal The US Sun.

Aidas até solicitou atendimento médico para seus problemas cardíacos falsos e só foi descoberto quando tentou sua encenação duas vezes no El Buen Comer. Outro trabalhador de restaurante disse ao jornal espanhol El Pais: “Ele deitou no chão, agiu como se sentisse dor no peito e começou a tremer.”

Como parte de seu ato, Aidas se veste com “roupas de designer”, de acordo com a polícia local, e finge ser um turista russo que não fala espanhol. O gerente do El Buen Comer enviou a foto de Aidas para outros restaurantes da região para alertá-los e impedir que o golpista “atacasse novamente”.

Outro proprietário de restaurante alvo de Aidas disse que ele havia pedido vários copos de uísque caro, uma salada russa e um prato principal, como entrecôte ou lagosta, antes de forjar o ataque cardíaco.
O golpista foi preso por 42 dias, depois de se recusar a pagar duas multas que recebeu por suas encenações. Como cada conta que ele deixou de pagar era considerada de pequeno valor – variando de €15 a €70 – Aidas cometeu apenas “crimes menores”.

Sua onda de crimes durou dois meses, período durante o qual foi preso várias vezes, mas solto porque devia apenas pequenas quantias a cada restaurante. No entanto, os proprietários dos restaurantes lesados querem apresentar uma queixa conjunta para que o golpista seja preso por mais tempo.

 

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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