Google vai proibir anúncios que neguem sobre Mudanças Climáticas

A medida que começa a valer em novembro, e se aplica a comerciais que o Google coloca online, bem como sites e vídeos do Youtube.

O Google vai proibir anúncios e deixar de financiar mídia que negue ou contradiga o consenso científico sobre as mudanças climáticas. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (7/10). A medida que começa a valer em novembro, se aplica a comerciais que o Google coloca online, bem como sites e vídeos do Youtube que exibem anúncios do Google.

A decisão ocorreu após uma pesquisa da Associação civil sem fins lucrativos (Avaaz), em 2020, apontar que vídeos imprecisos sobre o clima, publicados no Youtube, propriedade do Google, receberam mais de 21 milhões de visualizações e veicularam anúncios com frequência.

Para a nova regra sobre os anúncios, o Google disse ter consultado especialistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas. No início desta semana, o site de pesquisas mais famoso do mundo lançou vários recursos ecológicos para pesquisa, mapas e outros serviços.

Youtube

No mesmo sentido, o Youtube atualizou seus anúncios e políticas, para proibir a monetização de conteúdos com negações climáticas. Os criadores de conteúdos serão incapazes de monetizar vídeos que neguem que o clima global está esquentando, ou que os humanos contribuem para a mudança climática. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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