Governo afirma que decreto da força policial é resultado de consenso

Governo diz a governadores que decreto da força policial é “consenso”

Ministério da Justiça respondeu pedido feito por governadores do Sul e do
Sudeste pela revogação do decreto de uso da força policial

Em resposta ao pedido de quatro governadores do Sul e do Sudeste pela revogação do decreto de uso da força policial, publicado na última terça-feira (24/12), o Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que o texto é fruto de um “consenso” sobre o uso de instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública em todo o país.

“O texto foi construído a partir de um amplo debate entre o governo Lula (PT), representantes dos estados, dos órgãos de segurança pública e da sociedade civil”, afirmou a pasta, em nota divulgada na noite dessa sexta-feira (27/12).

Segundo o ministério chefiado por Ricardo Lewandowski, as discussões sobre o decreto presidencial aconteceram durante quase um ano, no âmbito de um grupo de trabalho (GT), instituído em 8 de janeiro de 2024.

O GT contou com integrantes do Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública; do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares; do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil; do Conselho Nacional do Ministério Público; do Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais e da Associação dos Guardas Municipais do Brasil.

A Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal também integraram o Grupo de Trabalho, assim como o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime no Brasil; o Comitê Internacional da Cruz Vermelha; o Instituto Sou da Paz e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A pasta também informou que, ao longo de todo o ano, foram realizadas 15 reuniões desse GT. “O objetivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública foi o de construir um texto de consenso sobre o uso de instrumentos de menor potencial ofensivo (IMPO) pelos agentes de segurança pública em todo o país.”

O QUE DIZ O DECRETO

O texto regula o uso da força policial no Brasil, incluindo armas de fogo e instrumentos não letais, abordagens, buscas domiciliares e a atuação dos policiais penais nos presídios.

Entre as principais medidas, está proibido o uso de arma de fogo contra pessoa desarmada que esteja em fuga e contra veículo que desrespeite bloqueio policial. O instrumento será sempre “medida de último recurso” e deverá ser restrito aos profissionais devidamente habilitados.

O governo ainda justificou que a elaboração do decreto estava prevista em uma lei de 2014, que disciplina o uso da força e determina a responsabilidade do governo federal pela regulamentação das diretrizes ali estabelecidas.

“Ao se debruçar sobre o tema, o Ministério da Justiça e Segurança Pública não só cumpriu seu papel legal, mas, acima de tudo, deu fim à insegurança jurídica enfrentada pelos profissionais de segurança pública durante esses dez anos.”

REAÇÃO DE GOVERNADORES

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse que o decreto é um “presentão de Natal para a bandidagem do país inteiro” e prometeu acionar imediatamente o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida do governo federal.

“Parabéns aos envolvidos. Decreto sem diálogo, publicado na calada da noite, sem amparo legal e numa clara invasão de competência. Agora, para usar arma de fogo, as polícias estaduais terão que pedir licença aos burocratas de plantão em Brasília. Uma vergonha. Que o Congresso Nacional se levante e casse esse decreto absurdo”, reagiu Castro nas redes sociais.

Em novembro deste ano, os governadores dos estados das regiões Sul e Sudeste também expressaram, em documento, posicionamento contrário a qualquer medida limitadora da ação policial. A “Carta de Florianópolis” foi divulgada ao final do 12º Encontro de Integração Sul e Sudeste (Cosud).

“Somos contra qualquer proposta que enfraqueça os estados e reduza sua capacidade de agir de forma rápida e adequada às necessidades locais. A segurança pública deve ser construída com base na colaboração, no respeito às diferenças regionais e no fortalecimento das capacidades locais, e não por meio de uma estrutura centralizada que limita a eficiência e amplifica a burocracia”, diz o texto.

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Policiais resgatam pessoas após carro cair no Rio Betim em Minas: Vídeo e detalhes

Policiais resgatam pessoas após carro cair no rio em Minas. Vídeo

De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais, cinco pessoas estavam dentro do
carro no momento da queda

Um vídeo mostra o momento em que um homem de 74 anos é resgatado por policiais
militares após um carro cair dentro do Rio Betim, na cidade de Betim, DE Gerais. O veículo caiu no rio após
a condutora, uma mulher de 74 anos, perder o controle do veículo devido às
fortes chuvas na região na última quinta-feira (2/1). Outras pessoas que estavam
no mesmo veículo também foram resgatadas.

De acordo com a Polícia Militar DE Gerais,
cinco pessoas foram resgatadas. Quando os agentes chegaram ao local, duas das
cinco vítimas ainda estavam dentro do carro.

A primeira ação dos policiais foi ancorar o veículo com uma corda, tendo em
vista que já havia sido arrastado por 70 metros. Logo depois, os policiais
entraram no rio e conseguiram realizar o resgate.

Os resgatados são, duas mulheres de 70 e 31 anos, dois homens de 37 e 74 anos e
um bebê de dois anos de idade, foram encaminhados ao Hospital Regional DE Betim,
para avaliação médica.

Os militares também foram encaminhados ao hospital tendo em vista que tiveram
contato direto com a água imprópria.

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