Governo espera aprovar ainda em 2024 a PEC do corte de gastos
Representantes do governo federal e do Poder Legislativo se reuniram no Palácio
do Planalto para tratar sobre definição dos cortes de gastos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
se reuniram com os presidentes da Câmara e Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo
Pacheco (PSD-MG), no Palácio do Planalto no começo da noite desta quarta-feira
(27/11) para apresentação das medidas de corte de gastos. Depois do encontro, o
líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), indicou que o Executivo espera
votar a proposta de emenda à Constituição (PEC) com de contenção de despesas
ainda neste ano.
“Os textos vão chegar, [queremos] votar nessas três semanas a PEC”, disse
Guimarãe, referindo-se ao tempo restante até o recesso parlamentar. Para
complementar o correligionário, o líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG),
explicou que a reforma da renda será enviada pelo governo ainda neste ano, mas o
debate ficará para o próximo ano.
“O esforço nosso vai ser para estabelecer uma contenção da despesa pública, ele
[Haddad] apresentou um número estimado de R$ 30 bilhões para essa contenção
ainda no próximo ano, portanto, o que o Executivo pede é que o Congresso
Nacional vote a contenção da despesa ainda neste ano”, completou o líder do PT
na Câmara.
Depois de deixar o Palácio do Planalto, Lira se reuniu com os líderes da Câmara
dos Deputados para discutir a contenção de gastos. Já o Haddad seguiu para a
sede do PT, em Brasília, para tratar das propostas com os parlamentares do
partido.
O líder da equipe econômica de Lula já havia adiantado ao petista que alinharia
o pacote de corte de gastos com o Poder Legislativo.
O ministro da Fazenda irá se reunir com os líderes do Senado Federal na manhã
desta quinta-feira (28/11), acompanhado do presidente Pacheco. O encontro tem
como objetivo apresentar as medidas de contenção de gastos do Palácio do
Planalto.
A reunião aconteceu na mesma noite em que Haddad fará um pronunciamento em rede
nacional, em
que deve anunciar a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5
mil. A medida faz parte das promessas de campanha de Lula.
Sem revelar detalhes, mais cedo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho
adiantou
que as novas medidas preveem taxação dos super-ricos, isenção do imposto de
renda e limitação de supersalários de servidores.
Depois do encontro com os presidentes das Casas Legislativas, as medidas de
cortes foram apresentadas aos líderes do Legislativo também no Planalto.