Governos suspendem canais oficiais para atender legislação

Governos suspendem canais oficiais para atender legislação

Até outubro deste ano, os canais oficiais dos governos federal e estadual estarão suspensos para atender a proibições da legislação eleitoral. A  determinação começou a valer em 01 de julho e segue até o fim das eleições, seja no primeiro ou segundo turno. Em Goiás, o site oficial, as secretarias e a agência de notícias do Executivo interrompeu as publicações. Na esfera federal a lei também foi cumprida. Não há previsão para suspensão de contas pessoais oficiais.

“O governo de Goiás informa que, respeitando a legislação eleitoral, estará suspensa  a partir de 01 de julho até o fim das eleições deste ano, a publicação de qualquer conteúdo noticioso nos perfis das redes sociais e sites oficiais das secretarias de Estado, órgãos, entidades, fundações, autarquias e agências de notícias que compõem a estrutura do Executivo estadual”, informa o banner nos canais de comunicação do governo goiano.

O objetivo da restrição é evitar que os governantes utilizem plataformas oficiais antes e durante a campanha eleitoral com prazo de 90 dias pré-votação. O perfil pessoal na internet tem apenas uma exceção: não pode ser atualizado por servidores públicos e sim por uma ligada ao pleito do candidato. Se descumprirem, eles podem ter a situação questionada na Justiça Eleitoral.

Uma das grandes questões é que a lei criada há 25 anos não incluiu a internet como meio de comunicação. O conteúdo pode ser entendido como publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas e questionado judicialmente durante a corrida eleitoral. Por isso, muitos governos preferem suspender todas publicações anteriores . A medida conservadora, no entanto, pode ser enquadrada como falta de transparência.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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