Grade da janela foi retirada do apartamento de onde criança caiu, em Goiânia

Local da tragédia que abalou a Vila dos Alpes, em Goiânia, na última quarta-feira, 29, o apartamento onde um menino de seis anos morreu ao cair do nono andar havia passado por reforma recentemente e estava sem grades de proteção na janela. A constatação é da perícia da Polícia Técnico Científica.

O apartamento onde mora a avó da criança está localizado cinco andares acima da residência da mãe do menino. A queda, que resultou na trágica morte, ocorreu de uma altura de 29 metros, após um momento de descuido.

A perícia, conduzida por Hugo Lincoln, busca esclarecer se há sinais de violência que precederam a queda. O laudo, aguardado em cerca de 10 dias, será fundamental para as investigações conduzidas pela Polícia Civil (PC).

Segundo relato da avó à polícia, a criança pediu para descer ao 4º andar, onde a mãe mora, mas foi impedida por ter acabado de almoçar. Instantes depois, a tragédia aconteceu quando a criança caiu de uma janela desprotegida.

O menino, cujo nome não foi divulgado, deixou uma família devastada, incluindo pai, mãe, avó, um irmão gêmeo e outro mais velho. Ele completaria sete anos em dezembro.

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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