Gramados sintéticos estão em debate nas principais ligas do mundo. A polêmica sobre a qualidade dos campos, custo de manutenção e impacto no desempenho esportivo é motivo de divergências. Em países como Espanha, Alemanha, França, Itália e Inglaterra, o uso de gramados artificiais é restrito, priorizando a grama natural ou híbrida. O debate mostra que a questão não se restringe ao Brasil, envolvendo discussões globais.
Na Europa, Holanda também proibiu o uso de gramados sintéticos recentemente. Os clubes da Primeira Divisão concordaram em padronizar os estádios com grama natural a partir da temporada 2025/2026. A iniciativa foi impulsionada por um programa de ajuda financeira para manutenção de gramados naturais. Países como Rússia, Ucrânia, Emirados Árabes e Arábia Saudita têm mais estádios com gramados sintéticos devido às condições climáticas extremas.
Na Champions League, o uso de gramado artificial é permitido em partidas válidas até a final, que deve ser disputada em grama natural. A Fifa estabelece requisitos para a instalação de gramados artificiais, com certificações para garantir qualidade, desempenho e segurança. Clubes como Palmeiras, Botafogo, Athletico-PR e Atlético-MG possuem a certificação “Fifa Quality Pro” para o uso de gramados sintéticos em seus estádios.
No Brasil, o debate sobre gramados sintéticos tem ganhado destaque. Grandes clubes como Palmeiras, Athletico, Botafogo e Atlético-MG possuem estádios com piso artificial. O Corinthians, por sua vez, adota um gramado misto, com predominância de grama natural e uma pequena porcentagem sintética para estabilidade. A discussão sobre os gramados sintéticos no país reflete as tendências internacionais e as demandas locais.
A Fifa reconhece a diversidade de condições climáticas e financeiras ao redor do mundo, por isso oferece alternativas para a qualidade dos gramados. A entidade estabelece padrões para o uso de gramados naturais, híbridos e artificiais, garantindo que todos atendam aos requisitos de jogo, segurança e durabilidade. A padronização dos campos segue critérios específicos para cada padrão de grama, assegurando a qualidade das partidas em diferentes contextos.
Diante das discussões sobre gramados sintéticos, a busca por uma regulamentação equitativa e segura é essencial. A diversidade de opções e a possibilidade de certificação pela Fifa garantem a qualidade dos campos em diferentes ligas e competições ao redor do mundo. A decisão de adotar ou proibir o uso de gramados artificiais deve considerar não apenas aspectos esportivos, mas também ambientais, financeiros e de infraestrutura. A busca por soluções que atendam às necessidades de todos os envolvidos é fundamental para o desenvolvimento e aprimoramento do futebol global.