Gravadora Mainstreet Records: investigada por lavagem de dinheiro e apoio ao tráfico

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que está investigando a gravadora carioca Mainstreet Records por suspeita de lavagem de dinheiro e apologia ao tráfico de drogas. A empresa foi fundada pelo empresário Lucas Mendes Lang, conhecido como Lang, em parceria com o rapper Flávio César de Castro, o Orochi. Entre os artistas vinculados à gravadora estão os cantores Oruam, Cabelinho e Poze do Rodo, que foi preso pela manhã em sua residência em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste.

Segundo as investigações, shows financiados pelo crime organizado podem movimentar cerca de R$ 600 mil por apresentação. O delegado Moyses Santanna, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), revelou que outras produtoras e gravadoras que produzem músicas com apologia ao Comando Vermelho (CV) e ao Terceiro Comando Puro (TCP) também estão sob investigação. A apuração abrange todos os artistas que se apresentam em áreas controladas por facções criminosas e promovem apologia ao crime.

De acordo com as investigações, Poze do Rodo é conhecido por realizar shows exclusivamente em áreas dominadas pelo CV, com a presença ostensiva de traficantes armados, o que, segundo a DRE, visa garantir a segurança do artista e do evento. O repertório de suas músicas faz clara apologia ao tráfico de drogas e ao uso ilegal de armas de fogo, incitando confrontos entre facções rivais. A polícia reforça que as atividades de Poze são estrategicamente utilizadas pela facção para aumentar seus lucros com a venda de entorpecentes.

A gravadora Mainstreet Records, de acordo com a Polícia Civil, está sendo investigada por suspeita de lavagem de dinheiro e apoio ao tráfico de drogas. A empresa foi criada por Lucas Mendes Lang e Flávio César de Castro. Artistas como Oruam, Cabelinho e Poze do Rodo têm vínculos com a gravadora e estão sob investigação. Os shows financiados pelo crime organizado podem movimentar valores altos em cada apresentação, sendo parte de uma estratégia das facções criminosas.

A atuação das facções criminosas não se limita apenas à prática direta do crime organizado, mas também no campo informacional, através de artistas, MCs e influenciadores. A Polícia Civil destaca que as atividades destes artistas extrapolam os limites da liberdade de expressão, configurando crimes graves de apologia ao crime e associação para o tráfico de drogas. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e financiadores diretos dos eventos criminosos envolvendo as produções musicais.

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