Greve dos professores em Salvador: dois meses de paralisação pelo não pagamento do piso nacional

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A greve dos professores municipais de Salvador completou dois meses em 6 de julho. Iniciada em maio, a paralisação foi motivada pela denúncia da categoria sobre o não pagamento do piso nacional dos professores, estabelecido em R$ 4.867,77. Com aproximadamente 131 mil estudantes nas unidades municipais, a situação tem gerado impacto na educação da região.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) afirmou que a gestão municipal adotava práticas para atingir o piso nacional, incluindo bonificações no salário dos professores. A prefeitura de Salvador aprovou um projeto de reajuste salarial para os professores e servidores públicos em maio, porém, mesmo com o reajuste, a categoria alega que o piso não está sendo cumprido.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Smed), Salvador possui 415 escolas e creches municipais, com 138 unidades totalmente paralisadas e 189 funcionando parcialmente. Além disso, 79 escolas mantêm as atividades normais. A gestão municipal tem enfrentado desafios para garantir o ensino dos estudantes nesse período de greve.

Desde o início da greve, diversas etapas foram cumpridas. Em abril, os professores rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 4%. Em maio, a paralisação foi iniciada, mesmo com uma ordem judicial para sua suspensão. O impasse entre a prefeitura e os professores tem gerado tensões, incluindo protestos na Praça Campo Grande.

A Câmara de Vereadores aprovou um reajuste proposto pela prefeitura, que foi recusado pelos professores. O Tribunal de Justiça da Bahia declarou a greve ilegal, aumentando a multa diária imposta ao sindicato. O Ministério Público da Bahia recomendou que a prefeitura fornecesse alimentação para os estudantes durante o período sem aulas, e uma nova proposta será discutida em uma reunião dos professores na Universidade Federal da Bahia. A situação continua a ser acompanhada de perto, dada a relevância do tema para a comunidade.

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