Última atualização 18/01/2024 | 12:10
Na manhã desta quinta-feira, 18, um grupo suspeito de fraudar pagamentos de guias de arrecadação por meio de códigos PIX adulterados é alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Os agentes estão cumprindo 10 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão no Distrito Federal e em mais nove estados, incluindo Goiás.
Entenda a investigação
As investigações apontam que as fraudes foram cometidas entre 7 e 31 de janeiro, causando um prejuízo de R$ 21 milhões ao Banco do Brasil. O grupo colocava códigos de barras de guias de pagamento válidas, mas adulteravam QR Codes de PIX para valores significativamente menores.
Entre os principais alvos da operação estão secretários de Finanças e um advogado. Entretanto, as identidades ainda não foram reveladas. Os suspeitos têm registros de comemorações dos resultados das fraudes em festas realizadas em Goiânia, além de ostentarem carros de luxo e viagens para destinos conhecidamente caros.
O grupo atuava em quatro núcleos com diferentes funções: núcleo operacional, responsável por explorar as vulnerabilidades e efetuar os pagamentos; núcleos das prefeituras, que emitia as guias fraudulentas e repassava as verbas; núcleo de intermediadores, que facilitava a comunicação entre o núcleo operacional e as prefeituras; e o núcleo financeiro, ao qual cabia utilizar empresas para permitir a retirada dos recursos ilícitos das contas das prefeituras.
Além de Goiás e Distrito Federal, a operação ocorre também em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Amapá. As prefeituras que estão envolvidas são de Morros (MA), Serra do Navio (AP), Acorizal (MT), Ubaitaba (BA) e Jacinto (MG).
Em Goiás, a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) prendeu um dos suspeitos no setor Morada do Sol, em Goiânia, em apoio à Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos da PCDF. O suspeito já possui diversas anotações criminais por estelionato e falsificação de documentos.
Com base nas investigações até o momento, os suspeitos podem responder por invasão de dispositivo eletrônico, furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Junto, as penas podem chegar a mais de 20 anos de prisão.