Hacker é preso após compartilhar boatos falsos sobre moradores de Niquelândia

Hacker é preso após compartilhar boatos falsos sobre moradores de Niquelândia

Um hacker foi preso pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) suspeito de criar um canal de fofoca sobre moradores de Niquelândia, na região norte de Goiás. Segundo a corporação, o homem compartilhava boatos e, até mesmo, vídeos pornográficos de habitantes da cidade. O conteúdo chegou a causar demissão de algumas vítimas.

“Todas as fofocas que vocês veicularem para o Anônimo serão divulgadas aqui no grupo sem identificar nenhum de vocês. O Anônimo é nada sem vocês”, dizia o comunicado dele no canal do aplicativo de mensagens.

As investigações tiverem início a cerca de seis meses. A polícia descobriu que o suspeito se passava como “Anônimo”, usava máscara e utilizava de inteligência artificial para modificar a voz. No entanto, ele acabou sendo identificado como Yuri Martins Domingos dos Santos.

O suspeito utilizou um celular que havia sido perdido para mandar mensagens. Posteriormente, o aparelho foi bloqueado e ele conseguiu um novo chip telefônico, vindo dessa vez do Canadá. Ele contava ainda com ajuda de programas de inteligência artificial para que não fosse localizado e criou um canal no aplicativo de mensagens.

Lá, o ‘Anônimo’ compartilhava diversas situações íntimas e falsas sobre moradores da cidade, além de conteúdos pornográficos. Para conseguir as ‘fofocas’ o suspeito contava com a ajuda de terceiros, que enviavam os boatos para ele.

“Ele causou muita coisa ruim aqui. Nós tivemos mais de 50 registros de ocorrências. Muita gente foi prejudicada por ele”, apontou Gerson de Souza ao Portal 6.

As fofocas compartilhadas pelo suspeito chegaram a causar a demissão de alguns moradores. Entre as vítimas está uma professora da cidade, que foi demitida após ter um conteúdo pornográfico compartilhado como se fosse seu. O vídeo se tratava, na verdade, de outra pessoa, mas o hacker recortou o rosto para que aparece apenas a silhueta semelhante à da vítima.

Além dos suspeitos, a polícia investiga também moradores que contribuíram para o compartilhados dos conteúdos comprometedores.

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