O candidato a vice-presidente pelo PT e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, virou réu em uma ação proposta pelo Ministério Público que pediu a condenação do petista pelo suposto prejuízo de R$ 5,2 milhões aos cofres da Prefeitura com a construção de uma ciclovia pela sua gestão na capital (2013-2016)..
Além de Haddad,também viraram réus os ex-secretários Jilmar Tatto (Transportes), candidato do PT ao Senado, Ricardo Teixeira (Subprefeituras), um ex-assessor de Teixeira e a empresa Jofege Pavimentação e Construção, contratada para executar a obra.
A ação foi movida em fevereiro de 2016 pelos promotores Marcelo Milani e Nelson Sampaio, e foi recebida na segunda-feira, 20, pelo juiz Kenichi Koyama, da 11.ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo. Segundo o documento, foram violadas as normas do direito público na implementação do trecho de ciclovia Ceagesp-Ibirapuera, com extensão de 12,4 quilômetros pelo valor de R$ 54,78 milhões, sem a devida licitação, sem projeto executivo e com preço superfaturado.
Segundo os promotores, cada quilômetro da ciclovia feita entre 2014 e 2015 na gestão Haddad custou R$ 4,4 milhões. Afirmaram também que a Prefeitura deveria ter feito uma licitação para a construção da ciclovia por se tratar de uma obra de engenharia e não ter usado uma ata de registro de preços da Jofegê, expediente utilizado para obras de manutenção.