HGG celebra Dia Mundial do Diabetes com mutirão de cirurgias metabólicas

Em celebração ao Dia Mundial do Diabetes, comemorado no dia 14 de novembro, o Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) realiza, neste sábado ,25, um mutirão de cirurgias metabólicas para pacientes da unidade com objetivo de controlar a obesidade e o diabetes.  As cirurgias vão ter início por volta das 07 horas e vão ser realizados por videolaparposcopia, prática menos invasiva.

O Serviço de Cirurgia Metabólica do HGG foi lançado em 2018, sendo pioneiro e o primeiro hospital público do estado na realização desse tipo de atendimento. Desde seu início, já foram realizados mais de 240 procedimentos. O coordenador do serviço, médico Paulo Reis, explica que para realizar o procedimento o paciente precisa atender a alguns critérios.

CIRURGIAS METABÓLICAS

“A cirurgia é indicada aos pacientes diabéticos que já estão inseridos no Programa de Controle e Cirurgia da Obesidade (PCCO) do HGG, com tratamento totalmente realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Avaliamos a idade, peso, índice de massa corporal, comorbidades já existentes, histórico cardiovascular, além de hábitos alimentares e a realização de atividades físicas.” Por fim, o profissional ressalta que o procedimento é seguro e eficaz.

DEDICAÇÃO EM PESQUISAS

Um dos diferenciais do Serviço de Cirurgia Metabólica do HGG é a dedicação em pesquisas.  Paulo Reis teve o artigo científico “Bypass gástrico com pouch longo e bipartição de trânsito para acesso endoscópico ao estômago remanescente”, publicado pela editora Scientific Research Publishingt, no qual aborda um estudo sobre a utilização de uma técnica de cirurgia metabólica que mantém acesso endoscópico ao estômago remanescente do paciente.

“O procedimento consiste em mudar a ‘arquitetura’ do trajeto gastrointestinal do paciente, que induz a liberação de hormônios chamados incretinas, que permitem o controle da glicose. Após a cirurgia é feita reavaliação do paciente, onde poderá ter suspenso o uso das medicações, inclusive da insulina. Antes da cirurgia, também é realizada uma série de exames, a fim de avaliar as chances de remissão da doença (cura). Alguns ficarão livres da insulina e de outros medicamentos para diabetes, outros conseguirão controlar a glicose usando algum tipo de medicação, o que não era possível antes da cirurgia”, comenta.

BONS HÁBITOS SÃO FUNDAMENTAIS

Atualmente, a técnica citada no estudo é realizada no HGG. O médico explica que a recuperação tem todo um processo e começa com uma dieta inicial para a adaptação à nova condição alimentar.

“O paciente poderá voltar às suas atividades normais em torno de 20 a 30 dias. Caso haja uma remissão total da doença, o paciente poderá ter uma vida normal, inclusive, se alimentando normalmente. Contudo, é importante lembrar que o paciente precisa manter bons hábitos, como alimentação equilibrada e atividade física”, adverte Paulo Reis.

O coordenador do Serviço de Cirurgia Metabólica do HGG ressalta ainda que os resultados nos primeiros 18 meses após o procedimento cirúrgico são animadores.

“Convidamos para participarem do estudo 12 pacientes, entre 18 e 70 anos. Todos eles receberam informações completas sobre os procedimentos, riscos e benefícios. Grande maioria dos pacientes operados tiveram o controle da obesidade e do diabetes. E ainda teremos melhores resultados”, considerou.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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