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Historiador argentino afirma que Bolsonaro “será lembrado como mentiroso”

Última atualização 08/05/2021 | 10:27

O historiador argentino Federico Finchelstein, autor do livro “Uma breve História das mentiras fascistas”, da editora Vestígio, apontou o presidente Jair Bolsonaro como “um dos líderes mais mentirosos da História”. 

Ele definiu que o presidente se comporta como líder de uma seita religiosa e sua visão da História é vista como “um artigo de fé”. “Em regimes totalitários, a mentira adquire um caráter distinto, vai além da pura retórica, e passa a ser tratada como verdade absoluta, tornando a política violenta e assassina. A mentira fascista está de volta com políticos como Bolsonaro, que não só mente, mas também tenta tornar a realidade parecia com as mentiras que conta”, disse o historiador em entrevista ao jornal O Globo. 

“Ao analisarmos os discursos de Hitler e Mussolini, ou de Trump e Bolsonaro, percebemos que eles não se importam com o relato histórico, mas criam algo parecido com o texto litúrgico de uma religião política, que nada tem a ver com fatos e, portanto, não pertence mais ao campo da História. Os mentirosos fascistas distorcem o passado, criando uma ficção que tomam por verdade absoluta, como se fosse um artigo de fé. Criam um mito”, disse o historiador e professor da New School for Social Research, em Nova York (EUA).

“Como latino-americano, considero uma catástrofe o que está acontecendo no Brasil. Como um país que era líder regional em política sanitária pode estar em uma situação tão terrível? O futuro vai recordar líderes como Bolsonaro, (Viktor) Orbán (primeiro-ministro da Hungria), (Narendra) Modi (primeiro-ministro da Índia) e Bolsonaro como alguns dos líderes mais mentirosos da História, como criminosos causaram grandes catástrofes”, destaca.

Foto: Carolina Antunes