Um homem em Goiás foi sentenciado a seis anos de prisão por planejar atos terroristas. O Ministério Público Federal (MPF), responsável pela ação, revelou que o acusado armazenava munições de diferentes calibres, incluindo uma granada de alto poder destrutivo.
Embora a decisão tenha sido divulgada na terça-feira, 28, o processo está sob segredo de Justiça. A investigação teve início após denúncias anônimas que indicavam comportamentos agressivos no trabalho e a publicação de vídeos e fotos suspeitas no status de um aplicativo de mensagens.
Conforme apurado pelo MPF, o homem compartilhava vídeos do Estado Islâmico e imagens de uma granada associada à sua empresa, gerando temor entre os colegas. O comportamento online do acusado também foi objeto de análise na investigação.
Segundo informações divulgadas pelo MPF, a pesquisa sobre terrorismo revelou que o acusado tinha interesse em armamentos, bombas, grupos extremistas e organizações paramilitares. Além disso, foram encontradas pesquisas com conteúdos racistas, discriminatórios e misóginos, assim como conversas em árabe e russo.
Durante o interrogatório, o réu admitiu guardar munições e uma granada, alegando que esta última foi adquirida online e não estava totalmente funcional. No entanto, uma análise pericial da Polícia Militar de Goiás (PMGO) constatou a presença de carga explosiva no artefato.
Quanto às pesquisas na internet, o acusado afirmou que algumas eram “aleatórias” e movidas pela curiosidade, enquanto outras ele diz desconhecer. Ele confirmou ter conversado com estrangeiros em grupos, mas negou qualquer ligação com grupos terroristas. A denúncia, apresentada pelo MPF em abril, foi recebida no mês seguinte, e a condenação se baseou em artigos da Lei Anti-Terrorismo, respaldada por evidências. As munições e a granada foram encaminhadas ao Exército para destruição.