Idoso mata homem por causa da luz acesa dentro do ônibus, na BR-153

Por volta das 23h30 desta segunda-feira (7), um idoso de 63 anos foi preso suspeito de matar outro homem, de 53 anos, com uma faca, dentro do ônibus em que os dois viajavam, na BR-153, em Aparecida de Goiânia. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo seguia de Anápolis sentido a São Paulo.

“Eles viajavam lado a lado e, segundo o que meus colegas policiais me informaram, discutiram por conta da lâmpada que ficou acesa. Um não gostou, começaram a discutir e foram às vias de fato”, detalha o inspetor da PRF, Newton Morais.

Quando a PRF chegou ao local, na BR-153, a equipe de saúde da Triunfo Concebra tentava reanimar a vítima, que não resistiu aos ferimentos e morreu no ônibus. O passageiro suspeito do crime relatou aos policiais que jogou a faca em um matagal próximo. A arma ainda não foi encontrada. Ele foi preso e encaminhado à Central de Flagrantes da Polícia Civil. “Não fugiu, ficou no local porque o pessoal que estava dentro do ônibus tentou segurá-lo até a polícia chegar. Era bem perto do posto policial”, conta o inspetor da PRF.

Segundo Newton Morais, a prisão de pessoas com armas dentro de ônibus não é rara. “Deveria haver fiscalização na hora do embarque, mas não acontece. Se for observar, maioria dos embarques no Brasil é aberta, teria que ter um detector de metal, mas não temos esta disponibilidade nos terminais. Estando na estrada, o que a PRF tem feito é abordar e verificar bagagens. Tem sido apreendidas muitas pessoas com armas, inclusive procurados pela Justiça”, informa o inspetor, que não soube precisar quantos casos exatamente foram registrados neste ano.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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