Igrejas católicas esconderam 3 mil judeus dos nazistas em Roma

Igrejas católicas esconderam 3 mil judeus dos nazistas em Roma

Novos documentos disponibilizados por instituições católicas apontam que igrejas de Roma, na Itália, abrigaram ao menos 3.600 judeus que fugiam do nazismo durante a Segunda Guerra. A informação foi assinada pelo Pontifício Instituto Bíblico em Roma, pela Comunidade Judaica de Roma e pelo Yad Vashem, memorial oficial de Israel que homenageia as vítimas do Holocausto.

Nos documentos, divulgados nesta quinta-feira, 7, pesquisadores das três instituições encontraram mais de 3 mil nomes de pessoas de origem judaica que teriam sido abrigadas por 100 congregações de mulheres e outras 55 de homens. O anúncio foi realizado durante uma conferência no Museu de Shoá, próximo à Grande Sinagoga de Roma.

A lista com nomes era considerada como desaparecida após uma divulgação realizada pelo historiador italiano Renzo de Felice em 1961. “A lista redescoberta recentemente menciona mais de 4.300 pessoas, dentre as quais 3.600 são identificadas pelo nome”, consta do comunicado. “A comparação com os documentos mantidos no arquivo da Comunidade Judaica de Roma indica que 3.200 certamente eram judeus.”

“Destes [3.200] sabe-se onde estavam escondidos e, em certas circunstâncias, onde viviam antes de serem perseguidos”, continua o texto. “A documentação, portanto, eleva significativamente a informação sobre a história do resgate de judeus no contexto das instituições católicas de Roma.”

Os nomes não serão revelados como forma de proteger a privacidade dos envolvidos e dos descendentes.

Ocupação nazista em Roma

A capital italiana foi ocupada por Nazistas durante os anos de 1943 e 1944. Neste período, cerca de 2.000 judias e judeus – dos 10.000 que viviam na cidade – foram deportados e assassinatos no Holocausto. Em relação aos italianos, os nazistas tiraram a vida de 8.000 judeus que moravam no país.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp